Trinta militares das Forças Armadas de Defesa de Moçambique estão detidos em conexão com alegados assaltos a bancos na vila de Palma, em Cabo Delgado, reporta a publicação online Carta de Moçambique.
O assalto terá ocorrido após a invasão, em Março, de terroristas do Estado Islâmico.
Confrontado com a notícia, o Chefe do Estado Maior do exército moçambicano, Joaquim Mangrasse, limitou-se dar garantias de que condutas desviantes não são toleradas nas Forças de Defesa e Segurança.
“A minha missao é defender Moçambique. Eventualmente nos efectivos há assuntos de ordem disciplinar e criminal, penso que as autoridades tomam as medidas necessárias”, disse Mangrasse.
Albino Forquilha, especialista em assuntos militares, diz que as questões imputadas aos 30 militares são de uma gravidade que a se confirmarem, darão razão a algumas queixas populares, sobre violações de direitos humanos.
Para aquele analista, no ponto que a situação chegou, o apelo é que haja investigação séria e a verdade seja devidamente apurada, diz o analista.
“Há que se fazer uma investigação séria e aprofundada. Se de facto há detidos, já é um passo positivo, ainda que tardiamente, uma vez que, a situação devia ter sido diagnosticada e resolvida logo no início”, conclui.
Os assaltos teriam acontecido em Março, após os ataques de insurgentes a Palma.