O Ministério Público (MP) decretou a prisão preventiva a 14 homens, acusados de integrar uma rede de burla e criarem falsos perfis na rede social Facebook onde se faziam passar por funcionários públicos, adiantou esta quarta-feira,30, ao Novo Jornal fonte da Procuradoria-Geral da República (PGR), em Cabinda.
Os arguidos, em prisão preventiva – medida de coacção mais gravosa -, estão acusados de 49 crimes de burla qualificada e 11 por falsificação de documentos, que entretanto, tendo usurpado mais de 20 milhões de Kwanzas a cidadãos em diversas províncias do País, sobretudo em Luanda e Cabinda.
Segundo as informações apuradas pelo Novo Jornal, a investigação decorria há vários meses por mais de 70 ocorrências de burlas praticadas por elementos afectos à rede criminosa.
Durante o fim-de-semana foi realizada uma micro operação que conduziu à detenção de 14 elementos, todos residentes em Cabinda.
De acordo com o porta-voz do Serviço de Investigação Criminal (SIC) Cabinda, inspector-chefe Rodrigues Ambrósio, no prosseguimento do combate aos grupos de marginais que se dedicam à prática do crime de burla por defraudação, por meio de uso de falsos perfis na rede social Facebook, o SIC levou a cabo esta micro operação dirigida a diversos bairros da cidade de Cabinda e foi possível proceder à detenção dos 14 arguidos.
“Os crimes de burla em Cabinda e em outras províncias ocorrem com maior incidência aos finais de semana e nos finais do mês quando são pagos os salários”, disse o responsável, salientando que os suspeitos, por meio de artifícios fraudulentos, enganavam as pessoas com promessas de emprego na função pública e no sector bancário.
“Os homens usavam perfis falsos nas plataformas digitais e também enganavam as vítimas por via do aplicativo multicaixa express”, conta, sublinhando que os criminosos criavam perfis falsos em nome de várias entidades governamentais.