O Bureau Político do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), no poder, aprovou ontem a candidatura de João Lourenço a presidente do partido, que deverá ser submetida à aprovação do Comité Central em reunião agendada para segunda-feira.
João Lourenço, actual Presidente de Angola e do MPLA, é o único candidato à liderança do partido no poder em Angola, no âmbito do VIII Congresso ordinário a realizar-se entre 09 e 11 de Dezembro próximo, em Luanda.
Segundo o comunicado final da sexta reunião ordinária do bureau político do MPLA, realizada esta quinta-feira, em Luanda, sob presidência de João Lourenço, os membros deste órgão foram informados sobre o estado de preparação do ato central do conclave de dezembro.
Para o MPLA, o congresso de Dezembro constitui uma “plataforma política para reforçar a união e a coesão dos militantes, simpatizantes e amigos do partido em torno da liderança de João Lourenço, tendo em perspetiva vencer os desafios políticos eleitorais”.
O pré-candidato à liderança do MPLA António Venâncio, que viu rejeitada a sua intenção de concorrer ao congresso do partido no poder em Angola, por incumprimento do prazo, disse na terça-feira que vai recorrer ao Comité Central do partido.
Segundo Venâncio, a subcomissão de candidaturas não é a última instância, havendo ainda outras para as quais pode recorrer, nomeadamente a comissão eleitoral, o Comité Central, a Comissão de Auditoria e Disciplina, o secretariado do Bureau Político, e inclusive o congresso, onde será eleito o novo líder.
A pré-candidatura de António Venâncio e as preocupações que apresenta não foram discutidas na reunião de hoje.
Hoje, o bureau político do MPLA apreciou também o parecer sobre a proposta do Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2022 que “elegeu o apoio à economia, a defesa dos rendimentos e do consumo das famílias, a ser materializada através da adoção de medidas tributárias”
O partido destacou ainda a “promoção do emprego e do aumento de pessoal na administração pública, considerando igualmente as progressões, promoções e atualizações como seus principais alicerces”.
O Bureau Político “congratulou-se com o facto de o OGE 2022 vir a ser implementado no quadro da retoma do crescimento económico e da necessária consolidação fiscal como condição para a melhoria da qualidade de vida dos angolanos”.
A proposta do OGE 2022 foi apresentada neste encontro por Vera Daves de Sousa, ministra das Finanças de Angola e membro do bureau político do MPLA.
O bureau político denunciou ainda, neste comunicado, a “existência de inúmeras campanhas de mentiras e difamação, que visam atingir a imagem do MPLA, a honra e o bom nome dos seus dirigentes, veiculadas por diferentes meios de comunicação, com mais incidência nas redes sociais”.