Cientistas descobriram um buraco negro no sistema estelar HR 6819, na constelação do Telescópio, a apenas 1.000 anos-luz da Terra, informa o Observatório Europeu do Sul (ESO).
O que parecia ser uma estrela brilhante acabou sendo dois corpos, onde o segundo é um buraco negro com uma massa estimada em mais de quatro vezes a do nosso Sol. Esse é o buraco negro mais próximo da Terra já registado, segundo comunicado do ESO.
“Notamos que não seria possível descrever o que vimos com apenas duas estrelas”, afirmou o astrónomo da ESO e coautor do estudo, Dietrich Baade.
Os dois corpos são um buraco negro e uma estrela companheira que o alimenta. No entanto, essa estrela aparentemente não é grande o suficiente para emitir a quantidade de gás necessária, ou seja, podemos dizer que o buraco negro está “morrendo de fome”, possível razão pela qual está tão escuro.
“Esta estrela não é tão maciça que perca muito gás e, por isso, o buraco negro está morrendo de fome e isso o torna tão escuro”, afirmou Baade.
De acordo com Baade, ambas as estrelas podem ser vistas a olho nu, principalmente no extremo sul da América do Sul, onde elas estarão logo acima.
A nova descoberta pode ajudar a compreender um outro sistema incomum na constelação de Gémeos, chamado LB-1, que seria composto por uma estrela e um buraco negro extremamente maciço, semelhante ao HR 6819.
Anteriormente, um sistema estelar binário conhecido como A0620-00, localizado a aproximadamente 3.000 anos-luz de nosso planeta, era considerado o mais próximo da Terra até à descoberta do HR 6819.