Vários Estados-membros manifestaram-se contra a decisão de travar os fundos. Espanha, Irlanda e Luxemburgo foram dos mais críticos
Primeiro, Bruxelas anunciou a suspensão das ajudas europeias aos palestinianos. Quase logo a seguir, fez marcha-atrás porque houve Estados-membros, que não foram consultados para a decisão, a reagir vigorosamente contra, nomeadamente a Espanha, a Irlanda e o Luxemburgo.
O que a Comissão Europeia fez foi introduzir uma nuance no discurso, passando a afirmar que “como não havia financiamentos previstos” no horizonte, “não há lugar a qualquer suspensão”.
Mas, na prática, como Josep Borrell veio confirmar, reverte-se aquilo que o comissário europeu Oliver Varhelyi tinha vindo dizer, que consistia no congelamento de todos os pagamentos e apoios à Palestina, e na reavaliação de todos os programas de assistência, após os ataques do Hamas em território israelita.
O argumento era de que a União Europeia não podia providenciar financiamentos que pudessem vir a ser usados para atividades terroristas.
O que estava previsto também era que a medida surpresa fosse apresentada e debatida entre os responsáveis diplomáticos dos 27, esta terça-feira, numa reunião extraordinária.