O presidente da Federação Angolana de Boxe (FABOXE), Carlos Luís, vai recorrer ao Tribunal, após a decisão do Ministério da Juventude e Desportos (MINJUD), em chumbar a legitimação dos órgãos sociais do processo eleitoral para o quadriénio 2020/24.
Em declarações ao Jornal de Angola, Carlos Luís mostrou-se indignado com a decisão do MINJUD. “Não entendo a decisão do Ministério em não legitimar às eleições, quando cumprimos com todos os pressupostos legais. O caso está entregue aos meus advogados e vamos recorrer ao Tribunal”, esclareceu.
Carlos Luís foi reeleito no passado dia 7 de Dezembro, em lista única. Depois da Comissão Eleitoral impedir a candidatura de Simão Anselmo Muanda, por ter na sua lista dois elementos devedores na FABOXE, falta de proposta e subscrição de candidatura de pelo menos um associado e intimidação e falta de ética na apresentação da lista pelo mandatário.
Segundo o Departamento Ministerial do MINJUD. “A alegação da existência da lista (A) de indivíduos devedores, não ficou provada por não se fazer acompanhar de qualquer”.
O mesmo departamento afirma ainda que, “a prestação de contas em Assembleia Geral é um imperativo estatutário que a Direcção de qualquer associação desportiva deve rigorosamente observar e a simples denúncia não constitui motivo bastante para afastar um concorrente no processo eleitoral, salvo provas e comprovadas para a acusação.
O Jornal de Angola contactou o líder da lista (A), Simão Muanda e este prometeu pronunciar-se nos próximos dias.
“O comunicado apanhou-me de surpresa e acho que não é o momento oportuno para emitir pronunciamentos. Vamos deixar as entidades trabalharem e prometo falar sobre o assunto”,disse.