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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

Boris Johnson: “Se Putin fosse mulher, não acredito que teria iniciado esta guerra maluca de macho”

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O que o presidente russo está a fazer na Ucrânia é “o exemplo perfeito da masculinidade tóxica”, defende o primeiro-ministro britânico. O Kremlin responde ao afirmar que “o velho [Sigmund] Freud teria sonhado com tal objecto de estudo”.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, não teria ordenado a invasão da Ucrânia se fosse uma mulher, afirmou o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, que acredita que o mundo seria melhor com mais mulheres no poder. Kremlin reagiu com ironia à declaração do chefe do governo britânico ao lembrar o neurologista e psiquiatra austríaco Sigmund Freud.

“Se Putin fosse uma mulher, o que obviamente não é, não acredito que teria iniciado esta guerra maluca de macho, de invasão e violência da maneira que ele fez”, declarou Boris Johnson ao canal de televisão alemão ZDF.

A guerra na Ucrânia, desencadeada por Vladimir Putin, é um “exemplo perfeito de masculinidade tóxica”, acrescentou o chefe de governo britânico.

O porta-voz do Kremlin recorreu à ironia para responder às afirmações de Johnson, referindo-se ao neurologista e psiquiatra austríaco.

“O velho [Sigmund] Freud durante a sua vida teria sonhado com tal objeto de estudo”, disse Dmitry Peskov, citado pela agência de notícias russa RIA Novosti.

Na mesma entrevista, Boris Johnson pediu mais educação para as raparigas em todo o mundo e defendeu mais “mulheres em posições de poder”.

Johnson também declarou que “todos querem o fim da guerra”, mas que, atualmente, “não há acordo possível”, Putin não faz nenhuma proposta de paz”.

O primeiro-ministro falou ao canal de TV alemão no âmbito da reunião do G7, que decorreu no sul da Alemanha. Num dos encontros da cimeira, foi captada uma conversa na qual se ouve os líderes a fazerem troça de algumas fotos em que o presidente russo Vladimir Putin surge em tronco nu a andar a cavalo, e brincaram sobre a possibilidade de tirar uma fotografia semelhante.

“Temos que provar que somos mais durões que Putin”, disse, na altura, Boris Johnson.

Depois de ter participado na reunião do G7, o primeiro-ministro britânico está agora em Madrid para participar na cimeira da Aliança Atlântica.

Vladimir Putin “esperava que houvesse menos NATO, mas estava completamente errado”, disse Johnson numa breve declaração à entrada da cimeira da NATO, na capital espanhola.

Johnson referia-se às candidaturas da Suécia e da Finlândia, que foram desbloqueadas na terça-feira, já em Madrid, com um acordo entre os dois países e a Turquia, que se opunha à sua entrada na Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês).

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