O porta-voz nacional do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros confirmou, em Luanda, que há carência de equipamentos apropriados para a aproximação e extinção de incêndios no país.
Faustino Minguês confirmou a veracidade de uma informação de que o Jornal de Angola tomou conhecimento sobre a actuação de agentes do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros em incêndios sem estarem com os apropriados uniformes, capacetes e botas de aproximação ao fogo.
Faustino Minguês explicou que os meios técnicos existem, apesar de a corporação precisar de mais, para cobrir as necessidades ac-tuais, em função da complexidade operativa.
“Os uniformes de aproximação ao fogo, assim como botas e capacetes existem, mas em pequenas quantidades”, assegurou o porta-voz do SPCB, acentuando que “a carência de equipamentos é ainda uma preocupação” do órgão operativo do Ministério do Interior.
Os uniformes à prova de chamas, utilizados pelos corpos de bombeiros no mundo, são compostos por várias ca-madas de materiais especialmente seleccionados para que o combate a incêndios seja feito de forma segura.
A modelagem da roupa de aproximação ao fogo é básica e é composta por uma camada externa, barreira de humidade em material impermeável e barreira térmica dupla, com fibras sintéticas resistentes ao calor.
Os metais fundidos para a criação da camada externa podem, inclusive, ter variações do Kevlar (fibra sintética até sete vezes mais resistentes do que o aço).
A barreira de humidade garante que nenhum químico ou líquido entre em contacto com a pele dos bombeiros. Por fim, a camada térmica é feita de fibras baseadas em Kevlar e é capaz de absorver até 75 por cento do calor. Com todas essas camadas, os trajes de combate a incêndios podem ser responsáveis pela protecção dos operativos dos bombeiros em temperaturas que chegam próximo aos 800 graus Celsius.