Quarenta e oito pessoas morreram vítimas de afogamentos na época balnear 2018/2019, na província de Benguela, menos oito comparativamente ao igual período anterior, disse hoje à Angop uma fonte dos Bombeiros.
Segundo o subinspector bombeiro Eduardo dos Santos, chefe de Departamento de Comunicação Institucional e Imprensa do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros em Benguela, 31 destas mortes ocorreram no mar, cinco em rios, quatro em lagoas, duas em reservatórios de água, uma no mangal e cinco em valas de drenagem.
Geograficamente, o município de Benguela, sede da província, lidera as estatísticas com 19 afogamentos, seguindo-se a Catumbela, com 10, enquanto o Lobito e a Baía Farta registaram, cada, nove casos. Já o Cubal registou apenas um caso.
Dentre as vítimas, explicou, houve nove crianças dos 0 aos nove anos de idade, 12 náufragos dos 10 aos 19 anos, 11 dos 20 aos 29 anos, igual número na faixa dos 30 aos 39 anos, quatro vítimas dos 40 aos 49 anos e um na faixa dos 50 anos.
Em jeito de balanço da época balnear, finda nesta quarta-feira, 15 de Maio, o porta-voz do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros em Benguela ainda acrescentou que a corporação efectuou 78 salvamentos de indivíduos em risco de afogamento no mar e quatro em meio aquático fluvial.
Ainda de acordo com a fonte, houve um aumento de 21 salvamentos em iminência de afogamento em relação à época balnear 2017/2018.
Contudo, Eduardo dos Santos destaca a redução de afogamentos nesta época balnear, fruto das acções de sensibilização aos banhistas nas praias do litoral da província, bem como da população que, por falta de água, recorre a tanques ou cacimbas, muitas vezes sem cobertura adequada.
Garante que a corporação tem nadadores-salvadores e mergulhadores a postos, bem como meios para garantir a segurança das praias dos municípios costeiros de Benguela, Lobito, Catumbela e Baía Farta, bastante frequentadas por banhistas.
A época balnear, que decorreu de 15 de Agosto de 2018 a 15 de Maio de 2019, envolveu 238 nadadores-salvadores e nove mergulhadores dos Bombeiros, na província de Benguela, apoiados, entre outros, por uma viatura de patrulhamento e bóias circulares.
Muitas praias tidas como perigosas ainda não foram sinalizadas na orla de Benguela, o que, nalguns casos, concorre para a ocorrência de afogamentos, apesar de o Instituto Marítimo e Portuário de Angola (IMPA) ter já feito um levantamento para colocação de placas de sinalização.