Os bombardeamentos israelitas provocaram domingo a morte de pelo menos 42 pessoas, na Faixa de Gaza, o maior número de mortos num único dia, desde que começaram há uma semana os confrontos entre os militares de Israel e o movimento palestiniano Hamas. A ONU apelou ao fim imediato do conflito.
O Secretário Geral das Nações Unidas, António Guterres apelou ao fim imediato da violência letal e avisou que os confrontos actuais correm o risco de mergulhar toda a região numa crise de segurança e humanitária incontrolável.
Por ocasião de uma reunião de emergência do Conselho de Segurança, Guterres afirmou que as hostilidades entre o exército israelita e o Hamas palestiniano, devem cessar e qualificou a violência de “absolutamente aterradora”.
No prosseguimento da sua campanha de bombardeamentos para, segundo as autoridades de Israel, neutralizar os roquetes lançados pelo Hamas, a força aérea israelita teria provocado domingo a morte de pelo menos 42 pessoas no território palestiniano de Gaza.
O número de mortos na faixa de Gaza é de 192 desde que Israel iniciou os bombardeamentos em reposta aos rockets disparados pelo Hamas.
O chefe do Estado-Maior das forças armadas israelitas, Aviv Kochavi, declarou domingo que o Hamas subestimou a firmeza da resposta militar de Israel.
Segundo declarações de um porta-voz da ONU, que precederam o encontro emergencial do Conselho de Segurança da ONU, António Guterres afirmou ter ficado “profundamente perturbado” com o ataque da força aérea israelita, no sábado, ao prédio que sediava as delegações locais da agência noticiosa Associated Press e do canal de televisão qatari, Al Jazeera .
De acordo com Gilad Erdan, embaixador de Israel nas Nações Unidas, o Hamas deflagrou o conflito com o objectivo de conquistar mais poder, no âmbito da sua luta política interna contra a Autoridade Palestiniana, depois de o Presidente Mahmud Abbas ter adiado as eleições na Palestina.
Pelo menos 55 crianças estão entre as 192 pessoas mortas em Gaza desde o início dos confrontos no dia 10 de Maio de 2021. As autoridades de Israel assinalaram a morte de dez pessoas.