O Banco Nacional de Angola (BNA) suspendeu, por 45 dias, as operações financeiras internacionais do Finibanco Angola, por alegada prática de branqueamento de capitais.
A instituição bancária que tem como acionistas o ex-PCA da Angola Telecom, João Augusto Manuel, e dois antigos chefes da Casa Civil da Presidência da República, José Leitão da Silva e Carlos Maria Feijó, respectivamente foi alvo de uma avaliação de uma comitiva da Unidade de Informação Financeira (UIF), que esteve em Luanda para alertar o regulador do sistema bancário nacional BNA sobre a ocorrência de graves operações fraudulentas por parte do Finibanco.
A decisão tomada pelo governo de José de Lima Massano, embora se seja prudencial, expõe a fragilidade das instituições nacionais. As irregularidades reportadas pelas instituições internacionais foram todas cometidas sob as barbas do BNA e da Unidade de Informação Financeira, instituição que tem como missão prevenir e reprimir os crimes de branqueamento de capitais (BC) e o financiamento ao terrorismo.
Ao que parece o BNA só exerce com rigor as suas atribuições quando as operações fraudulentas são detectadas por instituições internacionais, que, em muitos casos, ameaçam o País com sanções. Tal é razão de, por exemplo, o Banco de Poupança e Crédito (BPC), em que ocorrem as maiores barbariedades, porém nunca terá sido penalizado com uma medida semelhante.
O mesmo ocorreu com o encerramento do banco Mais e que supostamente estava ligada a família se José Eduardo dos Santos.
O Banco Millennium é outra instituição financeira que pelos relatos de encobrimento de casos de burla, devia merecer uma penalização.