O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta sexta-feira que pediu ao diretor da CIA, William Burns, para se tornar membro de seu gabinete, elevando um de seus conselheiros mais próximos em segurança nacional e política externa.
“Sob sua liderança, a CIA está oferecendo uma abordagem perspicaz e de longo prazo para os principais desafios de segurança nacional de nosso país”, disse Biden em um comunicado, referindo-se à abordagem de Burns à invasão russa da Ucrânia e à competição dos EUA com a China.
A medida foi noticiada inicialmente pelo Washington Post, que disse que era amplamente simbólica e não daria a Burns nenhuma nova autoridade.
Bonnie Glaser, chefe do programa Indo-Pacífico no German Marshall Fund dos Estados Unidos, disse que a nomeação reflete a confiança de Biden em Burns e sua experiência profissional.
Burns, que se tornou o primeiro diplomata de carreira a chefiar a CIA em 2021, “tem dado uma contribuição significativa para a tomada de decisões de segurança nacional, especialmente no que diz respeito à Rússia e à China”, disse Glaser.
Burns não é o primeiro diretor da CIA a atingir o status de gabinete. O ex-presidente Bill Clinton também nomeou seus diretores da CIA — John Deutch e George Tenet — para servir em seu gabinete, assim como fez Ronald Reagan com William Casey.
Daniel Byman, diretor do Programa de Estudos de Segurança da Escola de Serviço Exterior da Universidade de Georgetown, viu isso como uma prova da “eficácia incrível de Burns, em vez de uma decisão mais ampla sobre o papel da CIA no gabinete”.
“Burns tem sido uma parte muito importante da política externa de Biden, servindo como líder de inteligência, mas também como diplomata para a Ucrânia, Oriente Médio e outras partes do mundo”, disse ele. “Biden quer aproveitar o conhecimento e a habilidade de Burns ao moldar sua política externa.”
Por Andrea Shalal e Kanishka Singh em Washington; reportagem adicional de David Brunnstrom