O Banco de Crédito do Sul (BCS) foi o segundo licitante do leilão em bolsa em que o Grupo Carrinho adquiriu as 100 mil acções do Banco Comércio e Indústria (BCI) por 29 milhões USD, apurou o Expansão.
O banco cuja estrutura accionista pertence a Rafael Arcanjo Kapose (47,00%), Francisca Kamia Kapose (45,00%), Severiano Tyihongo Kapose (5,00%), Maria do Céu Figueira (2,50%) e Sérgio da Cunha Velho (0,50%) foi um dos dois licitantes que participaram no leilão que decorreu a 17 de Dezembro.
A sua oferta mais alta foi de 162 mil Kz por acção, ficando, assim, atrás da última oferta do grupo Carrinho Empreendimentos, que pagou 165 mil Kz por cada uma das 100 mil acções levadas a leilão, ficando, assim com 100% do capital da instituição financeira.
Depois de durante meses terem sido criadas expectativas de que o BCI seria comprado por outra instituição bancária, que quisesse crescer no mercado nacional, certo é que foi vendido a uma empresa ligada à produção e embalamento de bens alimentares, detentora de marcas como a Tio Lucas.
Acresce que a Carrinho Empreendimentos tem sido uma das três empresas, juntamente com Gemcorpo e Omatapalo, com maior destaque e negócios com o Estado angolano durante a legislatura de João Lourenço, beneficiando ainda de uma garantia soberana para a importação de maquinaria.
Em comunicado, a Carrinho revelou ser um “motivo de orgulho, se não mesmo um feito histórico, tornar-se na primeira empresa genuinamente angolana a fazer uma aquisição em bolsa”.
A empresa revela pretender continuar a “agregar valor à economia nacional” e acrescenta que tem como objectivo por o BCI a dar uma “atenção muito especial” à agricultura familiar. “Fazemos o compromisso público de transformar o BCI no maior banco comercial e de fomento da agricultura familiar de Angola”, revela o comunicado.
O grupo acrescenta que pretende colocar, mais tarde, uma parte das acções em bolsa.