O preço do barril de petróleo Brent atingiu hoje (86, 71 dólares) um máximo em três anos, após perturbações na oferta na Líbia e na Nigéria, entre outros países, e por um aumento da procura, apesar da variante Ómicron.
Vários factores contribuíram para esse aumento, nomeadamente as interrupções na produção “na Líbia, na Nigéria, em Angola, no Equador e, mais recentemente, no Canadá devido ao frio extremo”, explicou Hussein Sayed, analista da Exinity, citado pela AFP.
“Os mercados continuam concentrados no delicado equilíbrio entre a oferta e a procura, que parece ter um impacto bastante grande nas oscilações de preços durante a recuperação económica pós-pandemia”, disse Walid Koudmani, analista da XTB.
A Nigéria, por exemplo, produz menos meio milhão de barris por dia desde meados de 2020.
A tensão geopolítica também tem contribuído para o aumento, numa altura em que o conflito entre a Rússia e a Ucrânia se intensifica e causa novas perturbações no fornecimento de gás russo à Europa.
Na pandemia de covid-19, a variante Ómicron, que inicialmente foi considerada uma ameaça para a procura de petróleo, acabou por revelar-se menos preocupante.
Muitos analistas esperam agora que os preços do petróleo possam ultrapassar os 90 dólares por barril ou até os 100 dólares.