26 C
Loanda
Sexta-feira, Novembro 22, 2024

Bancos de Wall Street investem nos mercados de capitais europeus e africanos

PARTILHAR
FONTE:Expansão

Goldman Sachs e JPMorgan Chase deram o toque a rebate para o investimento dos bancos de Nova-Iorque nos mercados de capitais europeus, mas também do Médio Oriente e de África

Os negócios europeus do Goldman Sachs envolvem cerca de 18 negócios, num total de 9 mil milhões de dólares, e isto só este ano. Se compararmos com o ano passado, temos de falar de seis negócios e de 1,7 mil milhões de dólares. Há, de facto, uma aposta séria no sector privado europeu e um esforço de competitividade assumido.

O banco criou mesmo, no início do ano, um novo grupo de “acções alternativas” para gerir os negócios na Europa, onde o sector privado é visto como “um impulsionador do crescimento sistémico e sustentável no longo prazo”, afirmou Lyle Schwartz, co-director da nova unidade do Goldman Sachs.

Os rivais do JPMorgan Chase seguiram pelo mesmo caminho, tanto na Europa como no Médio Oriente e em África – EMEA, onde duplicou, desde 2020, o número de funcionários e de negócios nos mercados de capitais.

Aloke Gupte, co-diretor do JPMorgan para os mercados de capitais do EMEA, ou seja, o conjunto destas regiões, afirmou que “as pessoas estão focadas, este ano, em IPOs e nos investimentos públicos, por razões óbvias – tivemos um ano recorde em quase todo o lado – mas acho que a força nos mercados de capital privado é incrível”.

O foco das colocações privadas de dois dos maiores bancos de Wall Street estão na crescente maturidade dos ecossistemas de start-ups europeus, particularmente em empresas de tecnologia e saúde.

As empresas europeias obtiveram 72 mil milhões de dólares em financiamento de capital de risco nos primeiros nove meses deste ano, de acordo com a CBInsights, 82% a mais do que aconteceu em 2019, ano em que foi estabelecido um recorde de investimento.

Além das taxas geradas pelo financiamento a estes negócios individuais, os bancos iniciam uma relação com as start-ups mais promissoras antes mesmo de eventos mais lucrativos como sejam fusões ou aquisições ou IPOs (Oferta Inicial Pública). Isto é, há, claramente, numa aposta no longo prazo.

Lyle Schwarts assume isso mesmo: “tem sido muito frutífero para relacionamentos de longo prazo” com clientes em potencial crescimento, colocando-os os bancos na pole position para fechar negócios quando os clientes se expandem de forma substantiva.

Os dois bancos estão de olhos postos em cerca de 130 dos chamados “unicórnios” europeus – empresas privadas que no seu conjunto valem um mil milhões de dólares. Mas quando se passa para a EMEA, o número passa para cerca de 250 empresas no prazo de um a dois anos.

“Ainda não vimos o final da curva de crescimento”, disse Gupte, o homem do JPMorgan, e acrescentou, “há tantas empresas a experimentarem um rápido crescimento e em tantos diferentes sectores”.

spot_img
ÚLTIMAS NOTÍCIAS
spot_imgspot_img
ARTIGOS RELACIONADOS

Novo sistema de pagamento europeu vai ser testado no final do ano

Alemanha e França vão iniciar os testes-piloto do novo sistema de pagamento europeu no final deste ano. Esta inciativa...

Bancos em França deverão pagar multas de mais de 1 bilhão de Euros, após buscas

Bancos franceses, incluindo Societe Generale SA e BNP Paribas SA, deverão pagar multas coletivas de mais de 1 bilhão...

Wall Street vê IPOs em 2023 com cautela após forte retração

Este foi o pior ano para abertura de capital em todo o mundo desde a crise financeira global de...

Europa de novo no vermelho. Wall Street arranca mista

Juros agravam-se na Zona Euro. Apenas Itália escapa Os juros da dívida soberana estão a agravar-se na Zona Euro, contrariando...