O novo director do Banco Mundial (BM) para Angola, Jean-Chistophe Carret, incentivou hoje, em Luanda, o Governo angolano a postar mais no capital humano, de modo a garantir melhores resultados no processo de diversificação da economia.
Ao falar em conferência de balanço da sua primeira visita ao país, na sede do Ministério das Finanças, o responsável acrescentou que o reforço na formação técnico-profissional do homem, para uma nação que quer atrair investimentos e melhorar o ambiente de negócio privado, permitirá enfrentar esta estratégia com a sua população activa mais preparada e actualizada.
Jean-Chistophe Carret referiu que a gestão e direcção dos financiamentos feitos pelo Banco Mundial é da responsabilidade dos governos filiados, mas uma vez que Angola tem como meta o aumento da sua capacidade produtiva, com a dinamização da Agricultura e outros sectores, o homem deve ser prioridade.
Relativamente aos USD 50 mil milhões a serem disponibilizados a 48 países da África Subsariana, o director informou que Angola está fora desta lista pelo facto da mesma beneficiar apenas os países mais pobre e Angola faz parte do grupo de países de rendimento médio alto.
Este escalão de rendimento médio afasta os pais deste empréstimo anunciado em Julho último.
Por outro lado, informou que o BM tem estado apoiar a pretensão do Estado angolano em retirar a subvenção dos combustíveis, assim como encontrar as melhores políticas de alocação de verbas as famílias desfavorecidas como o programa de transferências monetárias “Kwenda”.
Na conferência de imprensa, a ministra das Finanças, Vera Daves, referiu que quanto à parceria com esta instituição financeira, há dois pilares, um relacionado a financiamento a projectos no domínio da agricultura familiar, educação e aprendizagem para todos e no domínio da saúde que progridem a bom ritmo.
O segundo pilar está relacionado à implementação de reformas e assistência técnicas, onde BM apoia com o repensar das empresas de água visando torna-las mais eficiente, trabalho que se estende ao sector de telecomunicações.
Vera Daves disse que neste pilar integra igualmente o projecto de inclusão financeira e outros.
A visita do francês Jean-Chistophe Carret que substituiu do cargo o senegalês Abdoulaye Seck, enquadra-se no objectivo de se actualizar, assim com constatar de perto os projectos que estão a ser aplicados em Angola no âmbito da relação de financiamento do Banco Mundial.
Recentemente, o Conselho de Administração do Banco Mundial elevou o pacote financeiro da carteira de projectos para Angola de 1,32 mil milhões de dólares para 2,52 mil milhões.
Aprovado no quadro do “Angola Day”, do Banco Mundial, o financiamento vai ser aplicado em três iniciativas estruturantes do Executivo, nomeadamente o projecto de fortalecimento do Sistema de Protecção Social (320 milhões de dólares), a operação de Apoio Orçamental (500 milhões de dólares) e o Projecto Bita (Energia e Águas) – 500 milhões de dólares.