Os Presidentes de Angola e Moçambique estão entre os mais de 20 Chefes de Estado africanos que vão reunir-se com o Banco Mundial para defender um aumento significativo do capital da Associação para o Desenvolvimento Internacional.
“Esta reunião de alto nível, a 15 de Julho, segue-se ao pedido dos líderes africanos, feito durante a cimeira sobre o financiamento das economias africanas, em Paris, em Maio, na qual se defendeu um aumento do apoio a uma reconstrução melhor e mais verde a seguir à pandemia de covid-19”, lê-se numa nota do Banco Mundial, distribuída esta segunda (5), em Washington.
“Num contexto em que os países africanos estão a lidar com o impacto devastador da pandemia, o apoio contínuo do Banco Mundial, particularmente da IDA, é crítico para ajudar estes países a atingir as necessidades de financiamento, que já estavam altas antes da pandemia”, acrescenta o texto.
A IDA é o braço do Banco Mundial para o financiamento aos países mais pobres, garantindo doações e empréstimos com taxas de juro muito baixas, e já forneceu mais de 420 mil milhões de dólares, para investimentos em 114 países, 39 dos quais em África, o continente mais apoiado.
“O reabastecimento vai apoiar uma recuperação resiliente da crise da Covid-19 e ajudar o continente a continuar a sua transformação económica”, aponta-se ainda no comunicado.
Os debates previstos para dia 15 “vão ajudar a identificar as principais prioridades para o financiamento do continente, e defende um pacote financeiro e de políticas para um reabastecimento ambicioso da IDA”.
Entre os Chefes de Estado que o Banco Mundial conta estarem na reunião estão os Presidentes de Angola, Benim, Burkina Faso, Camarões, República Democrática do Congo, Etiópia, Gana, Guiné, Quénia, Libéria, Mauritânia, Madagáscar, Moçambique, Níger, Nigéria, Ruanda, Senegal, Sudão, Tanzânia, Togo e Uganda, segundo a lista divulgada no comunicado, que conta também ter na reunião os líderes das instituições regionais e parceiros para o desenvolvimento.