O ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, o director da Inspecção Geral do Estado e um representante da Procuradoria Geral da República debateram nesta semana a luta contra a corrupção em Angola e a recuperação de 50 mil milhões de dólares que terão sido desviados do país, principalmente durante o consulado no antigo Presidente José Eduardo dos Santos.
Aqueles responsáveis concluíram que a corrupção tornou-se “um caso de vida ou de morte para Estado angolano, cujo fenómeno teve um impacto nefasto na moral e na ética da sociedade angolana”.
Vários presentes no encontro aguardavam com alguma expectativa um esclarecimento sobre mais um escândalo milionário que envolve o nome da actual presidente do Tribunal de Contas Exalgina Gamboa, que terá desviado milhões de dólares do órgão.
Eduarda Rodrigues, directora do Serviço Nacional de Recuperação de Activos, órgão da Procuradoria Geral da República, disse, na ocasião, que não estava mandatada para esclarecer os milhões que saíram do Cofre Privativo do Tribunal de Contas, da conta domiciliada no Banco Yetu, estimados em mil milhões e 426 mil kwanzas.
Um escândalo que tem causado danos à imagem da governação de João Lourenço que está em fim de mandato e que tem no combate à corrupção a sua chave mestra.
Analista político e jurista analisam o real empenho do Governo e o longo caminho para a recuperação desse dinheiro que poderá ter de ser dividido com os países receptores desses valores provenientes da corrupção.
Nesta edição de Janela de Angola, participam a directora Nacional de Recuperação de Activos, Eduarda Rodrigues, o jurista Manuel António e o analista político Albino Pakisi.