O Movimento dos Estudantes Angolanos vai realizar uma manifestação nacional no próximo Sábado, dia 25 de Setembro, contra o aumento das propinas no ensino público e privado autorizado este mês pelo Executivo angolano.
Até finais de Outubro estão agendadas mais três manifestações de protesto para persuadir o governo a recuar da decisão que consideram injustas em função da situação actual das famílias angolanas.
Falando à Camunda News, o Presidente do Movimento de Estudantes Angolanos, Francisco Teixeira, disse que esta manifestação é uma resposta dos estudantes ao Governo que, através de um despacho conjunto de três Ministérios, permitiu o aumento dos preços das propinas a pagar pelos estudantes no valor de 15 % para as instituições privadas e público-privadas do ensino pré-escolar ao secundário e 25 % para o ensino privado e público-privado do ensino superior.
De acordo com o Francisco Teixeira, os estudantes vão sair às ruas este sábado dia 25 de Setembro, às 13:00, numa primeira marcha que terá o seu ponto de partido defronte ao Cemitério da Santa Ana e o término defronte até ao Ministério das Finanças, na Mutamba.
No seu entender deste responsável, face ao momento difícil que vivem muitas famílias angolanas, os estudantes, pedem que esta medida do Executivo seja revogada.
Caso o pedido dos estudantes não for atendido, a segunda manifestação será dia 09 de Outubro, no mesmo local e hora. A terceira será no dia 16, no Largo 1.º de Maio, enquanto a quarta e última ocorrerá no dia 23.
Segundo o responsável a manifestação irá ocorrer nas províncias do Uíge, Huambo, Moxico e Kwanza-Norte que em quatro fases distintas e aguardam também pela confirmação de outras províncias.
Segundo este responsável, não há razões para que o Executivo aumente os preços das propinas nesta fase difícil, onde as famílias perderam substancialmente o poder de compra devido à crise que o País vive há vários anos.
Entretanto, o responsável do MEA acusa os governantes de estarem a fazer do ensino um negócio, visto que “eles próprios são os donos das instituições privadas tanto ao nível secundário como universitário”.
Francisco Teixeira referiu que o Executivo acolheu apenas as contribuições das instituições, que supostamente dizem lutar pelo direito dos estudantes, que estão “alinhados com o Governo”, deixando de fora as que se batem, na verdade, pelos direitos dos estudantes.