As associações provinciais de Luanda e do Bengo requereram uma providência cautelar junto do Tribunal Provincial de Luanda contra a Federação Angolana de Atletismo por alegadas irregularidades no processo eleitoral. As duas instituições apontam falhas na Assembleia Geral Ordinária que marcou as eleições, definiu a população votante e indicou a Comissão Eleitoral.
O requerimento da providência cautelar não especificada, a que o Jornal de Angola teve acesso, deu entrada a 25 de Setembro.
Os associados requerem “a anulação da Assembleia-Geral realizada no dia 15 de Setembro de 2020 e reavaliação do critério de apuramento da massa votante, conforme determina a Lei 6/14, de 23 de Maio”.
Requerem ainda que “seja ordenada a suspensão imediata do acto eleitoral” para o ciclo olímpico 2020-2024, “notificando-se os requeridos a absterem-se de quaisquer actos que perturbem o legítimo exercício ao voto por parte dos requerentes”.
Dentre as irregularidades apontadas está o “horizonte temporal fixado para a realização do pleito eleitoral; inexistência de regulamento eleitoral e população votante impingida pela direcção cessante com a conivência da Mesa da Assembleia-Geral”.
Depois da realização das eleições, que consagraram vencedor o presidente cessante, Bernardo João, a Comissão Eleitoral recebeu um pedido de impugnação por parte de Gertrudes Sepúlveda, líder da lista B.
“Estamos a analisar a documentação em nossa posse. No momento certo, vamos pronunciar-nos”, disse João Francisco, líder da Comissão eleitoral.
Filipe Vieites, mandatário da lista B, garantiu que o assunto pode ser levado a outras instâncias. “No caso da nossa impugnação não ser atendida a nosso contento, iremos para a instância superior que é a Direcção Nacional dos Desportos e, talvez, para os tribunais”, prometeu.