Um tiroteio e explosões numa sala de concertos na região de Moscovo, na Rússia, fizeram pelo menos 40 mortos e 100 feridos, avança a agência russa TASS, citando fonte do FSB, o serviço de segurança interna da Rússia.
Segundo a agência russa Interfax, até cinco homens terão estado envolvidos nos ataques.
O Comité de Investigação russo diz que se tratou de um ataque terrorista, mas não esclareceu se há suspeitas sobre a autoria dos ataques.
Segundo as agências noticiosas, entre três a cinco homens, vestidos com fardas de combate, entraram no Crocus City Hall, uma sala com capacidade para 6000 pessoas, na cidade de Krasnogorsk, onde estava a decorrer um concerto, e começaram a disparar armas automáticas contra a multidão e a lançar explosivos. Terão sido registadas, pelo menos, duas grandes explosões.
A polícia de intervenção conseguiu entrar e evacuar o local, segundo os meios de comunicação russos. Ainda segundo a comunicação social russa, o edifício foi parcialmente destruído pelo fogo e o teto corre o risco de desabar.
Os serviços secretos russos (FSB) dizem estar a tomar “todas as medidas necessárias” para lidar com o tiroteio. A comissária para os direitos humanos de Moscovo também já veio dizer que se trata de um “ataque terrorista”.
As autoridades moscovitas cancelaram entretanto todos os outros eventos, culturais ou desportivos, que estavam previstos na região para o fim de semana.
Segundo os meios de comunicação russos, os atacantes ainda estarão dentro do edifício e terão feito reféns.
Ucrânia desmente envolvimento
A Ucrânia nega estar envolvida neste ataque. Mikhailo Podoliak, conselheiro do presidente Volodymyr Zelenskyy, condenou o que considera um “ato terrorista” e garantiu que “a Ucrânia não tem absolutamente nada que ver com esses acontecimentos”.
Já o antigo presidente russo Dmitri Medvedev, numa publicação no Instagram, disse que os terroristas implicados no ataque devem ser “perseguidos e eliminados”, incluindo “representantes do Estado ucraniano”, se tal for verdade.
A porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Maroa Zakharova, pediu à comunidade internacional para condenar o “crime monstruoso” em Moscovo. O líder checheno, Ramzan Kadyrov, emitiu um comunicado condenando de forma veemente “tais atos de violência, brutalidade e irresponsabilidade contra civis”.
As embaixadas ocidentais em Moscovo tinham alertado, há cerca de duas semanas, para a possibilidade de ataques na capital russa, aconselhando os cidadãos a evitarem multidões.