O juiz Merrick Garland, nomeado para procurador-geral dos Estados Unidos, pelo Presidente Joe Biden, prometeu, ontem, levar à Justiça os apoiantes de Donald Trump que atacaram o Capitólio, em 6 de Janeiro, garantindo a “independência” do Ministério Público.
“Vou liderar os processos judiciais contra os supremacistas brancos e outras pessoas que invadiram o Capitólio, em 6 de Janeiro”, assegura Merrick Garland, na comunicação que irá apresentar aos senadores norte-americanos que, entre hoje e amanhã, vão decidir a sua confirmação à frente do Departamento de Justiça.
Pelo menos, 230 pessoas já foram acusadas de estarem envolvidas no ataque ao Congresso, que causou cinco mortos, e as investigações visam centenas de pessoas.
O magistrado, de 68 anos, também se compromete a “proteger a independência” do Departamento de Justiça de “influências partidárias”, incluindo a criação de regras claras para investigações federais e a regulamentação de forma rigorosa das comunicações com a Casa Branca.
Um progressista moderado, Merrick Garland enfatiza, igualmente, a importância de combater as desigualdades legais enfrentadas pelas minorias étnicas.
Presidente do Tribunal de Apelação da capital federal, Merrick Garland foi escolhido por Barack Obama, há cinco anos, para ocupar a nona cadeira do Supremo Tribunal, mas os senadores republicanos bloquearam a sua nomeação. A nomeação de Merrick Garland foi confirmada por Joe Biden, em Janeiro, com o objectivo de “restaurar a honra, integridade e independência do país”.