Numa nota enviada ao Portal de Angola, esta semana, o Presidente da Associação Mãos Livres, Guilherme das Neves, condenou as mortes de três cidadãos angolanos, por sinal, trabalhadores da barragem hidroelécteica em construção na localidade de Caculo cabaça, no município de Cambambe, província do Cuanza-Norte, atribuídas a uma repressão policial, quando reivindicavam o aumento dos seus ordenados.
No documento, Guilherme das Neves diz que “foi com profundo pesar que a Associação Mãos Livres tomou conhecimento das mortes daqueles cidadãos, quando reivindicam os seus direitos, e que as mesmas poderiam ter sido evitadas se prevalecesse o diálogo entre as partes envolvidas”.
Para se evitar situações semelhantes, defendeu que deve haver diálogo entre os trabalhadores, o sindicato e a entidade patronal, e que todos devem colocar em primeiro lugar a preservação da vida humana, sendo este o bem maior. Para o responsável, todos os assuntos devem merecer um diálogo franco e aberto, para que se chegue a um consenso, ao invés de se recorrer a actos de violência que, geralmente, terminam em situações menos abonatórias para todas as partes.
Guilherme das Neves, apelou, no final, as forças de Defesa e Segurança para maior contenção dos ânimos, sobretudo, em ambientes de alvoroço como os que motivaram a repressão que terminou em mortes.