O procurador da Republica junto do tribunal criminal de Dar El Beida, Leste de Argel, requereu 10 anos de prisão contra o antigo ministro argelino da Justiça, e sete contra Saïd Bouteflika, irmão e conselheiro do antigo Presidente, Abdelaziz Bouteflika.
Na sua acusação pronunciada nesta segunda-feira, 11, segundo dia do julgamento do antigo governante, indiciado por abuso da função e entrave ao bom funcionamento da Justiça, falsificação da assinatura oficial e incitação dos juízes à parcialidade, o representante do Ministério publico solicitou ainda a proibição do mesmo exercer qualquer outra alta função.
A pena de sete anos foi igualmente requerida contra o empresário Ali Haddad, antigo secretário-geral do Ministério da Justiça, Laâdjine Zouaoui, e o antigo inspector-geral do mesmo Ministério, Tayeb Belhachemi.
O resto dos acusados, nomeadamente os juízes Mokhtar Belahrach, Samoun Sid Ahmed, Khaled Bey, e o advogado que o advogado Derfouf Mustapha, foram condenados a três anos de prisão.
Os mesmos são acusados de terem intervindo, sob a instrução do ministro da Justiça, Tayeb Louh, na falsificação de documentos oficiais e julgamentos.
Recorde-se que os acusados são perseguidos por causa da anulação do mandado de captura emitido em Agosto de 2013 contra o antigo ministro da Energia, Chakib Khelil, assim como o caso da intervenção, por ordem do ministro da Justiça, visando falsificar um processo verbal com efeito retroactivo, com o objectivo de admitir uma candidata durante as legislativas de Maio de 2017.