O prefeito de Campo Largo, na região metropolitana de Curitiba, Marcelo Puppi (DEM), 61, morreu na madrugada desta quinta-feira (7) de complicações decorrentes da Covid-19. Ele estava internado desde o dia 24 de novembro.
Puppi foi reeleito prefeito em novembro, porém, nove dias depois, foi internado com infecção pelo coronavírus. Depois de três dias, ele foi transferido para a UTI e, em 14 de dezembro, foi entubado.
No dia 1º de janeiro, do hospital, ele chegou a tomar posse como prefeito em uma cerimônia que ocorreu por videoconferência. Três dos 11 vereadores da cidade foram ao hospital para confirmar se o prefeito reeleito respondeu assertivamente com a cabeça ao juramento.
O evento seguiu todas as normas de segurança e preservou a privacidade de Puppi, segundo informou a família em nota divulgada no dia da posse, em que também agradeceu a “humanidade e solidariedade” dos vereadores.
Depois, já na Câmara de Vereadores, os parlamentares deram posse ao vice-prefeito Mauricio Rivabem (DEM), que agora deve assumir a cadeira de prefeito.
Há dois dias, Puppi novamente entrou em coma. “É com o coração apertado, mas sereno pela certeza de que os planos de Deus são perfeitos, que nos despedimos do nosso Marcelo. Para Campo Largo que lhe deu vida, alegrias, filhos e frutos, nosso mais profundo sentimento de amor e gratidão”, divulgou a família Puppi em nova nota desta quinta-feira (7).
O prefeito deixa dois filhos e a esposa, Daniela Corsini Puppi, que também ficou internada após ser diagnosticada com a Covid-19, mas teve alta já no dia 28 de novembro.
A prefeitura informou que o velório de Marcelo será na Câmara de Vereadores da cidade, com a primeira hora restrita à família e aberto ao público entre 14h e 15h30. Devem ser observadas medidas de distanciamento social para evitar aglomerações. O enterro será restrito a familiares e amigos.
Em homenagem e respeito ao prefeito, o Executivo decretou luto oficial de sete dias e ponto facultativo nas repartições públicas municipais. Segundo a prefeitura, serão mantidos os serviços considerados essenciais.
O governador do Paraná Ratinho Jr. (PSD) lamentou a morte do prefeito. “Me solidarizo à família e amigos neste momento de dor e tristeza. Meu profundo sentimento de condolências e de que a fé em Deus ampare seus corações, assim como o de todos os paranaenses que perderam pessoas queridas nestes tempos tão difíceis impostos pela Covid.”
O prefeito de Curitiba Rafael Greca (DEM) relembrou a carreira política de Puppi. “A Grande Curitiba perde um ativo colaborador do desenvolvimento das cidades integradas, que cada vez mais precisam agir em conjunto em benefício da população”, destacou.
A Câmara de Vereadores da capital também divulgou nota de pesar. “Perdemos uma pessoa que trabalhou incansavelmente pela melhoria da qualidade de vida de quem mora e trabalha em um dos mais importantes municípios da região metropolitana de Curitiba. Não conseguimos imaginar a dor, mas prestamos condolências à esposa, aos filhos, familiares, colegas e amigos”, disse o presidente da Casa, Tico Kuzma (PROS).
Formado em Direito, Marcelo Puppi começou a trabalhar na Assembleia Legislativa do Paraná em 1982, onde permaneceu por treze anos. Depois, passou por cargos no governo do estado, como de assessor especial e subchefe da Casa Civil. Em 2004, ele se elegeu vereador em Campo Largo e, por dois anos consecutivos, presidiu a Câmara Municipal.
Puppi foi eleito pela primeira vez prefeito da cidade em 2017 e reconduzido ao cargo em 2020. Ele recebeu 21.566 votos (39,26%) no último pleito.
O prefeito era amigo do ministro da Cidadania Onyx Lorenzoni (DEM) há 30 anos, conforme comentou em um vídeo da campanha eleitoral de 2020. O filho de Puppi, Christiano, é diretor do Departamento de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania.