De acordo com um comunicado publicado ontem pela WGA (Writers Guild of America) que representa mais de 11 mil guionistas, “chegou-se a um acordo de princípio sobre um novo protocolo para o ano de 2023, ou seja um acordo de princípio sobre todos os pontos do acordo, sujeito à formulação final do contrato”, informou o sindicato que sem entrar nos pormenores do texto cujos detalhes ainda estão a ser analisados, disse que “este acordo é excepcional, com ganhos significativos e protecções para os guionistas em todos os sectores de actividade dos membros”.
Guenny Pires, realizador cabo-verdiano radicado em Los Angeles, considera que esta é, de facto, uma boa notícia. “Primeiro, é uma grande vitória dos grevistas; segundo, vai contribuir para que os programas, filmes e todos os ‘Talk shows’ possam retomar. Isto é muito bom para qualquer sociedade, mas também para nós que somos independentes, cineastas e produtores. Temos também oportunidade de ter trabalho porque, com a greve, tudo parou. A implicação não é só aqui a nível local, em Los Angeles, mas em todo o universo em que se trabalha com filmes, sobretudo para os países mais pobres que, nesta altura, têm mais oportunidade para vender a sua produção à Netflix e outros estúdios que normalmente procuram produtos fora do circuito local. Vale a pena este acordo, porque de outro modo, tudo ficaria parado”, comenta o realizador.
A ‘Alliance of Motion Picture and Television Producers, organização que representa os interesses da Walt Disney, Netflix, Warner Bros, Discovery e outros estúdios, escusou-se para já a qualquer comentário sobre a obtenção de um consenso com os guionistas cuja greve só terminará formalmente depois de se rubricar o acordo.