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Sexta-feira, Novembro 22, 2024

Apoio de Moro cai de 65% em 2016 para 45% em 2021

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Trabalho de Moro na Lava Jato era avaliado como bom ou ótimo por 65% em 2016

Apoio ao ex-juiz caiu 20 pontos percentuais em 5 anos e chegou a 45%

No período, Moro deixou Operação Lava Jato e integrou o governo federal

O apoio ao ex-juiz e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, caiu nos últimos cinco anos. Segundo pesquisa Datafolha realizada em 15 e 16 de março, o apoio a Moro teve queda de vinte pontos percentuais.

O levantamento mostra que 45% dos brasileiros consideram ótimo ou bom o trabalho de Moro na Operação Lava Jato. Em março de 2016, o índice era de 65%. Para 27%, o trabalho foi ruim ou péssimo. Há 5 anos, o índice era de apenas 11%.

Os que consideram o trabalho regular são 25%, dez pontos percentuais a mais do que em 2016; 4% não sabem, índice que era de 9% há cinco anos.

A pesquisa foi feita com 2.023 brasileiros em todas as regiões e estado do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

Depois de deixar a Operação Lava Jato, quando condenou o ex-presidente Lula, Moro assumiu o cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública no governo de Jair Bolsonaro (sem partido). Em 2020, ele acusou o presidente de tentar interferir na Polícia Federal e deixou o cargo.

Condenação de Lula
Para 57% dos brasileiros, a condenação do ex-presidente Lula (PT) no caso do tríplex foi justa. O petista foi sentenciado a 9 anos e 6 meses na cadeia quando Moro era juiz da Lava Jato. Na segunda instância, a pena foi revisada para 12 anos 1 um mês. O Superior Tribunal de Justiça confirmou a condenação, mas diminuiu a pena para 8 anos e 10 meses. Lula ficou 580 dias preso.

Segundo o Datafolha, 38% consideram que a decisão foi injusta e 5% não souberam responder.

Sobre a decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, de anular todas as sentenças contra Lula, 51% dos entrevistados acreditam que ele agiu mal, enquanto 42% concordaram com a decisão; 6% não souberam responder. A decisão diz respeito aos processos do tríplex, do sítio de Atibaia e do Instituto Lula.

Em 9 de março, de forma monocrática, Fachin julgou que os processos contra Lula não deveriam ser julgados na vara de Curitiba. Por isso, Lula recuperou os direitos políticos. O assunto ainda será apreciado pelo plenário do Supremo Tribunal Federal.

Relembra a saída de Moro do governo Bolsonaro
Sergio Moro deixou o governo Bolsonaro em 24 de abril de 2020. A saída aconteceu depois do presidente exonerar Mauricio Valeixo, diretor-geral da Polícia Federal e aliado de Moro desde os tempos da Operação Lava-Jato.

“O grande problema é por que trocar e permitir que seja feita interferência política ano âmbito da PF. O presidente me disse que queria colocar uma pessoa dele, que ele pudesse colher informações, relatórios de inteligência. Realmente, não é papel da PF prestar esse tipo de informação”, disse o ex-ministro na ocasião.

Dias antes da exoneração, Moro teria dito a Bolsonaro que deixaria o cargo caso o presidente resolvesse interferir na Polícia Federal e na permanência de Valeixo.

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