A súbita paralisação da economia mundial pela crise provocada pela pandemia de coronavírus afectou a China nos primeiros meses do ano passado, com uma recessão de quase 7%. Esta situação contudo reverteu-se, a China tendo terminado o ano de 2020 com um crescimento positivo de 2,3%.
De acordo com os dados publicados hoje pelo National Bureau of Statistics, depois do caos provocado pelo coronavírus naquele que foi o primeiro epicentro da pandemia, a produção industrial da China cresceu 7,3% em Dezembro do ano passado, a covid-19 tendo inclusivamente sido o motor deste crescimento, com a produção massiva de mascaras de protecção e seringas, assim como material electrónico como computadores e telemóveis, cuja procura não tende a baixar em período de confinamento.
Paralelamente, o consumo não segue totalmente a mesma curva. No mês passado, as vendas ao público aumentaram 4,6% no mês passado, menos do que esperavam os analistas relativamente a um modelo económico que já não se sustenta apenas na exportação mas se baseia igualmente no consumo doméstico.
Apesar do surgimento de novos surtos e das festas do ano novo lunar serem desde já antecipadas como sendo um período com menos consumo do que é habitual, este ano promete ser positivo para a China, muito embora este tenha sido o momento em que a sua economia menos cresceu desde 1976.
Este país que foi das únicas grandes potências mundiais a ter registado progressos em período de marasmo generalizado, chegou quase aos 13 mil milhões de Euros pela primeira vez em 2020 e prevê-se que o PIB chinês possa ultrapassar o PIB dos Estados Unidos em 2028, senão mesmo já em 2026.