A vice-secretária-geral da ONU, Amina Mohammed, pediu à comunidade internacional que reforce a ajuda financeira aos três países mais afectados pelo ciclone Idai – Moçambique, Zimbabwe e Malawi – e revelou que, até agora, foram disponibilizados apenas 11 por cento dos 392 milhões de dólares necessários.
Em Nova Iorque, Amina Mohammed confirmou que foram garantidos apenas 46 milhões de dólares da ajuda solicitada.
Ao intervir numa reunião do Conselho Económico e Social, na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, na terça-feira, 2, Mohammed destacou que quase três semanas depois do ciclone, as necessidades “permanecem profundas” e que “persistem os riscos de mais inundações, disseminação de doenças e perda de mais vidas.”
A vice-secretária-geral da ONU enfatizou que “muitas áreas agora são afectadas por surtos de cólera”, com a estimativa actual superior a mil casos e que a tempestade destruiu milhares de casas, inundou milhares de hectares de terras agrícolas e mais de 200 mil pessoas estão deslocadas.
Amina Mohamed prestou também homenagem aos profissionais locais, nacionais e internacionais que estiveram no local “desde os primeiros momentos da crise, salvando inúmeras vidas e impedindo um resultado ainda mais devastador.”
Aquela responsável lembrou que não basta trabalhar a fase de emergência mas que é também crucial preparar os países mais expostos a saberem melhor lidar com episódios climáticos mais severos.
O Governo de Moçambique, o país mais afectado pelo Idai, confirmou 598 mortos até agora.