Antigos combatentes e veteranos da pátria solicitaram ao Governo, no Sábado, ontem, em Luanda, o aumento e celeridade no pagamento da pensão, escreve OPAIS.
Em declarações à Angop, no âmbito do acto de lançamento do processo de recadastramento de antigos combatentes e veteranos da pátria, actividade orientada pelo secretário de Estado do sector, Domingos Tchikanda, os pensionistas consideraram os 23 mil kwanzas de pensão que recebem irrisórios para as suas necessidades.
David Matomona, pai de oito filhos, disse que enfrenta dificuldades sociais e com a pensão que aufere não consegue resolver os seus problemas, principalmente para colocar os filhos a estudar.
Pediu ao Governo para criar condições para que os filhos dos antigos combatentes frequentem a escola, uma vez que os pais não tiveram esta possibilidade. Já Paulino Damião lamentou o facto de, apesar de ter lutado para a Independência do país, ter poucos benefícios, tendo revelado que muitas vezes passa fome.
Por sua vez, Madalena Lemos apelou ao Governo para rever a política de atribuição de bolsas de estudo superior para os filhos de antigos combatentes, por serem poucos os beneficiários das mesmas. Afonso Kitumbo, por seu lado, reclamou o facto de os antigos combatentes não terem meios para viver e carecerem de habitações e meios de transporte.
Os antigos combatentes e Veteranos da Pátria participaram ontem no acto de lançamento do processo de recadastramento, que inicia no dia 15 deste mês, nas capitais provinciais e nos municípios.