O objectivo do acordo é estabelecer as bases que permitam desenvolver a troca de informações e experiências, pesquisas conjuntas, iniciativas, tecnologias, procedimentos e trabalhos de investigação.
A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) assinou nesta quarta-feira, 27 de Setembro, com a sua congénere do Brasil, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), um acordo de cooperação para programas de regulação e fiscalização de actividades de exploração, desenvolvimento e produção. A assinatura aconteceu durante a Conferência Rio Oil & Gas que se realiza no Rio de Janeiro, Brasil.
O acordo rubricado pelo presidente do Conselho de Administração (PCA) da ANPG, Paulino Jerónimo, e o director-geral da ANP, Rodolfo Henrique de Saboia, terá uma vigência de cinco anos, e tem por objectivo estabelecer uma cooperação nos domínios da promoção técnica para o fortalecimento da indústria de petróleo e gás, bem como a transferência de conhecimentos relacionados com as normas técnicas e as boas práticas da indústria petrolífera.
Para Paulino Jerónimo, este é um momento importante que oficializa uma relação de mais de três anos com a ANP. “Um dos pontos que queremos reforçar é o nosso quadro regulatório, queremos ganhar esta experiência que a ANP tem. A relação entre Angola e Brasil é transcendental, e este acordo vem apenas reforçar o compromisso entre os governos em cimentar a relação no domínio dos hidrocarbonetos”, disse.
Já Rodolfo de Saboia apela à relevância do acordo, que considera muito promissor. Salienta igualmente a relação de irmandade entre os povos: “a importância deste acordo transcende o interesse de ambos os países na exploração dos seus recursos naturais e hidrocarbonetos. Brasil e Angola têm um passado em comum, uma cultura próxima com a mesma origem e um sentimento de irmandade muito próximo. Ele estende-se além destas actividades económicas, mas é nela que nós esperamos alcançar uma proximidade ainda maior entre os dois países, com essa mútua troca de experiência e conhecimento que cada um dos países pode oferecer”.
A cooperação, objecto do acordo, será realizada por meio do intercâmbio periódico de informação e experiências, da realização de estudos e investigação conjunta, bem como a formação e capacitação de recursos humanos.
A ANPG participou no Rio Oil & Gas, que decorreu de 26 a 29 de Setembro, com uma delegação chefiada pelo seu PCA e por administradores, directores e técnicos, com um stand onde promove o potencial petrolífero nacional. A ANPG tem como uma das principais metas travar o declínio da produção que está a “roubar” receita ao estado angolano. Para isso, a ANPG tem uma estratégia de licitação que prevê licitar mais de 53 blocos petrolíferos até 2025. Até ao momento foram licitados mais de 20 blocos petrolíferos para descoberta de mais petróleo e aumento da produção.