O crescente número de Angolanos, muitos em situação desesperada “com fome, sede e sub nutrição” está a preocupar as autoridades do país vizinho e a embaixadora de Angola deverá visitar a região em breve para se inteirar do problema.
Há receios de que os namibianos possam retaliar contra a crescente presença dos angolanos e a polícia avisou os namibianos para denunciarem a presença dos angolanos mas para não os atacarem.
O jornal The Namibian disse que cerca de 100 angolanos foram deportados da Namíbia na semana passada, acrescentando que angolanos estão a entrar ilegalmente no pais à procura de alimentos, água, assistência médica e emprego.
Um porta voz da polícia na zona de Ohangwena disse que “um grande numero de angolanos ilegais estão na região à procura de oportunidades de trabalho”.
Há angolanos acampados na zona de irrigação de Etunda e em Oshifo, disse o jornal que acrescentou que há sub-nutrição generalizada entre as crianças angolanas vindas do Cunene e Huíla.
Segundo o jornal há angolanos a chegarem a sete cidades da Namíbia à procura de trabalho para sobreviverem e uma fonte numa dessas cidades disse que nunca se viu tantos angolanos a atravessarem a fronteira para escaparem à fome.
O governador de Omusati confirmou a entrada em grande número de angolanos afirmando que a seca e a fome são a “força motriz” da imigração ilegal, acrescentando que as pessoas chegam com fome e sede.
O governador disse esperar reunir-se com a embaixadora angolana para discutir a situação apelando à população para informar a policia de imigrantes ilegais na zona mas disse que “não lhes devem fazer mal”.
O jornal disse que devido à pandemia da covid-19 há receios entre os namibianos daquelas zonas que os angolanos possam estar a trazer o coronavírus para a zona.
A mesma fonte disse ainda que há agora casos de angolanos a entrarem na Namíbia com o seu gado à procura de pasto, isto apesar da região do Cunene na Namíbia estar também afectada pela seca.