Segundo o JA, um grupo de mulheres vítimas do ciclone “Idai”, no distrito de Búzi, prepara o arroz e o feijão para o jantar de mais de mil pessoas instaladas no centro de acomodação do Instituto de Formação em Administração Pública e Autárquica (IFAPA), na cidade da Beira.
Entre elas, está Inês Sequeira Almeida, uma jovem nascida em Angola há 27 anos e que veio para Moçambique em 1992, ainda criança, trazida pela mãe, Eugénia Armando, já falecida.
Há sete dias, chegou ao centro de acomodação do IFAPA, depois de ter sido retirada dos escombros pelas equipas de socorro, no 7º Bairro Matakuane, arredores da cidade da Beira, onde perdeu a casa, os documentos e a roupa.
A história dela confunde-se com a de milhares de jovens angolanos das décadas de 80 e 90, que, em plena guerra civil no país, perderam o rasto dos pais. Uns continuam em Angola e outros, como é o caso de Inês, foram levados para o estrangeiro e buscam agora reencontrar as famílias biológicas.