A bióloga e pesquisadora angolana Adjany Costa é galardoada quinta-feira, em Nova Iorque, com o prémio Jovens Campeões da Terra, atribuído pelas Nações Unidas a jovens ambientalistas.
Adjany Costa, 29 anos, se distinguiu pelos esforços de conservação de água e biodiversidade. Vai receber o prémio na gala dos Compões da Terra, em Nova Iorque, à margem do Debate Geral da ONU.
A jovem bióloga será contemplada com duas bolsas de estudo no valor de 15 mil dólares norte-americanos, para dar sequência ao seu trabalho de campo e outra no valor de nove mil dólares, para a cobertura de média e marketing no trabalho.
Em entrevista exclusiva à Angop, Adjany Costa disse estar honrada pelo facto da Organização das Nações Unidas ter reconhecido os seus esforços em prol da conservação da natureza.
Disse que o prémio é importante para a continuidade do seu projecto e para destacar os esforços de conservação da vida selvagem em Angola.
“É um reconhecimento e uma visibilidade que ajuda a motivar outras pessoas que querem seguir esta carreira difícil, mas de grande prestígio”, expressou.
Notou que a profissão de bióloga tem muitos obstáculos e, muitas vezes, “a pessoa pensa que não adianta continuar, mas parar não é opção e o caminho é para frente”.
Para Adjany Costa, a distinção vai além do seu trabalho pessoal, “é uma forma de reconhecer que existe conservação a ser feita em Angola e pessoas interessadas em proteger a vida selvagem”.
A bióloga angolana mudou-se recentemente para Londres, onde vai frequentar um doutoramento em Oxford na área da biodiversidade.
Disse que a prioridade agora é o seu doutoramento, que está intrinsecamente ligado com o trabalho que tem feito com as comunidades no Leste de Angola.
“Os próximos quatro anos vão ser dedicados a criar estratégias para ajudar a melhorar a vida dessas pessoas, activando a conservação”, finalizou a bióloga que trabalha na província do Moxico.
A Organização das Nações Unidas premiou também jovens empreendedores da América do Norte, da América Latina e Caribe, da Ásia e Pacífico, da Europa e da Ásia Ocidental, que receberão também financiamento e orientação para ampliar os seus esforços. Este prémio é concedido a jovens ambientalistas entre os 18 e 30 anos.
O júri seleccionou os vencedores entre 35 finalistas regionais, numa lista de mais de mil candidatos.