Angop
Angola trabalha na elaboração do vocabulário ortográfico nacional e na terminologia da administração pública para a ratificação do Acordo Ortográfico de 1990, bem como na criação de dicionários e gramáticas.
Esta informação foi passada esta terça-feira, em Luanda, pela coordenadora técnica da Comissão Multissectorial para a Rectificação do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990, Paula Henriques, durante a sua III reunião de balanço.
Segundo a responsável, existe também a possibilidade de se aprimorar os cursos de Língua Portuguesa e continuar a desenvolver também as demais línguas de Angola nos trabalhos que têm desenvolvido e considerá-las, por forma a buscar maior concertação das instituições na promoção da Língua portuguesa, seja no país ou no estrangeiro.
Acrescentou que o horizonte temporal para a realização destes projectos é de cinco anos e, quanto a ratificação, é algo a ser analisado e decidido por outras estruturas, porque, salientou, a comissão técnica apenas vela pela parte técnica e científica.
“O que estamos a fazer é prepararmos e termos os instrumentos essenciais para a organização do Estado e depois tomar outras decisões”, salientou.
Em relação aos manuais escritos ao abrigo do novo acordo ortográfico e que circulam no país por meio de livreiros e editoras, Paula Henriques disse que nos manuais que o Ministério da Educação põe a disposição dos alunos está garantido o respeito ao Acordo de 1946, que Angola Ratificou.
Na abertura do encontro, a ministra da Educação, Maria Cândida Pereira Teixeira, disse que estudos estão a ser feitos para agregar valor técnico a outras línguas de Angola com a criação de uma base de dados para o curso de Hotelaria e Turismo que comporta as línguas Portuguesa, Kimbundu, Umbundu e Inglesa.
Referiu também o estudo de segmentos fonológicos da Língua Portuguesa e da Língua KHUN (língua do povo Khoisan).
O encontro decorreu sob o lema “Por uma língua portuguesa plural, com vista ao primado da paz”.