A contestação interna ao PCA da ENDIAMA, José Manuel Augusto Ganga JR. (JGJ) tem vindo a acentuar-se em meios da empresa, sobretudo devido a decisões da administração entendidas como de protecção de interesses patrimoniais pessoais e de grupo, em prejuízo da empresa e dos trabalhadores em geral.
Foco de particular contestação interna é a constituição, por despacho do PCA de 02 de Outubro do grupo técnico de gestão do projecto de Luaxe, Lunda Sul, apontado por fontes do sector como o principal kimberlito a entrar em exploração no país nos próximos anos.
Estimativas internas da ENDIAMA, com base em sondagens geológicas, apontam para um potencial de produção superior a 300 milhões de quilates. Estimativas de produção anual em fase de “cruzeiro” apontam para entre 7-8 milhões de quilates. A produção total da ENDIAMA em 2019 foi de 9,1 milhões de quilates.
Na linha do seu antecessor, o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Pedro de Azevedo (DA) tem vindo a dar prioridade à parceria com a ALROSA, accionista da mina da SMC, principal sociedade mineira no país. A ALROSA pretende estender a parceria com a ENDIAMA também à mina do Luaxe.
SERGEI IVANOV, PCA da ALROSA, assinou em ABR.2019 com a ENDIAMA, durante a visita de JL a Moscovo, um acordo que prevê o financiamento de projectos conjuntos em concessões existentes e futuras, além de colaboração no mercado internacional de diamantes em bruto e polidos.
A De Beers, que nos últimos anos paralisou as suas actividades no país após o esgotamento da concessão do kimberlito Mulepe-1, tem vindo a solicitar ao Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos uma nova área, que não lhe foi concedida, mas os contactos mantêm-se (AM 1228)