Um estudo feito pelo Centro de Estudos e Investigação da Universidade Católica de Angola (CEIC) diz que o país vai precisar de investimentos anuais de 35.000 milhões de dólares para alcançar uma verdadeira diversificação da economia até 2030.
O economista e coordenador do CEIC, Alves da Rocha, disse que “até 2025, 2030 fizemos um exercício para saber para saber qual o custo da diversificação económica em termos de investimentos anual, para que a economia seja classificada de diversificada, onde o sector da agricultura representa 20 porcento do PIB, a indústria transformadora e construção 31 porcento do PIB e os serviços 32 porcento”.
Isso, disse, “vai exigir um investimento anual médio na ordem dos 35 mil milhões de dólares”.
“Onde sairá este dinheiro? É uma questão a levantar”, acrescentou.
Para o economista a resposta jaz na remoção dos obstáculos que impedem o crescimento e desenvolvimento.
“Nós continuamos a ter problemas que são autênticos obstáculos a um crescimento mais intenso e inclusivo” disse afirmando que para a melhoria do ambiente de negócios, “é preciso alterar a componente mentalidade, da corrupção e burocracia”.
“Enquanto estes pressupostos se verificarem dificilmente os investidores vão aderir”, acrescentou.
Outro economista, Damião Cabulo, outro economista aponta o mesmo caminho afirmando que “é preciso moralizar a sociedade e começando pelos dirigentes”.
“A corrupção instalada em Angola já fez mais estragos que a própria guerra civil”, disse afirmando que o co,bate à corrupção passa por mudanças nas instituições. A questão da corrupção é tão grave que a forma como se propõe em combatê-la é uma utopia. É preciso desburocratizar as instituições o que passa pela despartidarização imediata das mesmas”, disse.
Serra Bango, jurista e presidente da Associação Justiça, Paz e Democracia considera que “é necessário que haja medidas de encorajamento aos investidores para a nossa economia”.
“Da forma como está dificilmente eles vem para cá”, disse.
“Os grandes investidores sérios e comprometidos com a transparência, combate à corrupção de verdade eles não vêm para cá”, disse.