Angola participará com dois atletas no Campeonato Africano Paralímpico de Halterofilísmo, a disputar-se de 20 a 30 deste mês, na cidade do Cairo (Egipto).
Com efeito, a ministra da Juventude e Desportos, Palmira Barbosa, procedeu a entrega oficial da bandeira de Angola à equipa nacional, em cerimónia realizada esta quinta-feira, na Galeria dos Desportos, em Luanda.
A dupla Pedro Adão (campeão nacional) e Mauro Luís (vice-campeão) irão concorrer nas categorias dos 49 Kg, sob liderança do técnico Tony Baltazar.
Sete atletas iniciaram a preparação no dia 14 de Setembro em regime de concentração, nomeadamente, Manuel dos Santos (102 kg), Isaac Joaquim e Adilson Vicente (- 54 kg), Pedro Adão e Mauro Luís (49 kg), Cristina Bartolomeu (68 kg) e Olinda Figueiredo (72 kg), estas duas últimas em femininos.
No entanto, por problemas administrativos, o país será representado no evento continental com apenas dois concorrentes masculinos, com o objectivo de disputar os dez primeiros lugares.
Trata-se da segunda participação internacional, depois da presença em 2014 na XIª edição dos jogos Panafricanos, disputados no Congo.
Na altura, o actual técnico evoluiu na especialidade de 80 kg, classificando-se na nona posição, em mais de duas dezenas de concorrentes. Os seus colegas Alcides (49 kg) e Laurete Cassoma (75 kg) foram desqualificados por questões técnicas.
Tendo como chefe da delegação, José Manuel (Director Técnico Nacional do Comité Paralímpico Angolano), a comitiva parte para o palco da competição na sexta-feira.
O halterofilismo Paralímpico é aberto a atletas masculinos e femininos com deficiências físicas, tais como nanismo, amputação (perda do membro), lesão da medula espinhal (cadeira de rodas usuários e paralisia cerebral, lesão cerebral e acidente vascular cerebral).
Nesta modalidade ao nível de concorrentes com incapacidades adoptam-se como movimentos de competição duas variantes do clássico “press de banca” muito conhecido no mundo dos pesos e do treinamento em geral.
Trata-se das variantes power lifting para os desportistas com paraplégica ou poliomielite.
As categorias se estruturam nas clássicas categorias de peso corporal de 48 kg até mais de 100 kg.
O levantador tem direito a três tentativas e a melhor delas é computada para a classificação final.
Ao participante com possibilidades de conseguir um recorde mundial, é permitido uma quarta tentativa.
A nível do desporto adaptado, esta modalidade fez a sua estreia nos Jogos Paralímpicos, decorridos no ano de 1964, em Tóquio (Japão).