Angola está entre os países com maior número de incêndios florestais na África Subsaariana, informou, ontem, em Luanda, a representante da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), Gherda Barreto, ao intervir, no workshop sobre Gestão Sustentável de Fogos, que termina hoje.
Gherda Barreto, apontou a produção de carvão e lenha, agricultura tradicional e a caça furtiva como as principais causas de incêndios em Angola e nos outros países da região. Os incêndios florestais, disse, além de causar perdas de vida e bens materiais nas famílias, também produzem emissões significativas que têm graves consequências para o ambiente e a biodiversidade.
Frisou que a realização do workshop sobre Gestão Sustentável de Fogos vai procurar identificar soluções capazes de reduzir a prática da queima nas florestas, bem como das emissões de gases de efeito estufa.
Gherda Barreto explicou que a FAO reconhece a importância da gestão sustentável dos recursos florestais em Angola, na erradicação da fome, nos desafios das alterações climáticas e na defesa dos recursos naturais e da rica biodiversidade nacional.
A FAO, frisou, tem apoiado o Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente a ter acesso aos recursos preparatórios para o reforço da capacidade institucional na geração de dados para apoiar a elaboração de projectos que foram abordados no workshop.
A representante da FAO garantiu disponibilidade total em continuar a fazer acompanhamento técnico nos desafios ambientais e climáticos em Angola, através da experiência nacional e internacional para promover a gestão sustentável dos recursos florestais. O workshop sobre Gestão Sustentável de Fogos foi realizado pelo Ministério da Cultura, Turismo e Ambiente em parceria com a FAO. Participaram no evento representantes dos ministérios da Agricultura e Pescas, Economia e Planeamento e do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros (SPCB).