A província do Cunene e o Conselho Regional do Khomas, República da Namíbia, estudam, a partir desta segunda-feira, em Ondjiva, a possibilidade da assinatura de um acordo de geminação nos sectores da educação, saúde, economia, cultura, entre outros.
As delegações chefiadas pelas governadoras do Cunene, Gerdina Didalelwa, e do Conselho Regional do khomas, Laura McLeod-Katjirua, vão durante cinco dias abordar vários aspectos ligados aos sectores de cooperação.
Na abertura, a governadora Gerdina Didalelwa valoriza a eventualidade da assinatura de tal acordo, porque “constituiu soberana oportunidade de reforço da cooperação entre os dois países”.
Isso, ressaltou a governante angolana, representa um instrumento que impulsionará o intercâmbio económico, cultural, sanitário e académico sólido e frutífero em prol das respectivas populações.
Lembrou que Angola e Namíbia, em particular a província do Cunene, foram muito sacrificadas pela guerra, constituindo porta de entrada da “acção bélica do então regime sul-africano”, que retardou o desenvolvimento social e económico da região.
Realça que apesar de dilacerante, este marco histórico selou um pacto de sangue entre dois povos irmãos que defendiam a integridade territorial dos seus países.
“Vencidas estas dificuldades e com o alcance da paz, actualmente devemos nos mobilizar para desenvolver a nossa cidade nos mais variados sectores da vida económica e social”, sustentou.
Entretanto, destacou as potencialidades naturais desde os recursos minerais, hídricos e climáticas para prática da agricultura e outros projectos estruturantes, a exemplo do canal do Cafu, que permitem dinamizar a actividade, agrícola, pecuária e pesqueira da província.
Por seu turno, a governadora do Conselho Regional do Khomas, Laura McLeod-Katjirua, apontou como interesse de investimentos no comércio, produção e investimento, desenvolvimento económico, educação, saúde, cultura e desporto.
Salientou ainda a cooperação no domínio do turismo, planeamento de gestão para cidades urbanas, treinamento de gestores, gestão de administração aos governos locais, comunidades de protecção ambiental, informação tecnologia e serviços sociais.
Laura McLeod-Katjirua notou que a actividade é de mais-valia para estudar vias de cooperação entre as duas regiões, cujas relações advém desde a luta de libertação dos respectivos países.
“Quero aqui reconhecer o empenho da República de Angola, para que a Namíbia tivesse a sua independência e soberania e o Cunene foi uma região especial que serviu de base para muitos namibianos, durante a evasão do então regimento fascista da África do Sul”, enfatizou.
Com extensão de 36 mil 871 quilómetros quadrados, a região de khomas tem um orçamento de 23 por cento do OGE namibiano. Dispõe de uma rede rodoviária excelente, fábricas de minerais, cereais e processamento de plantas e silos.
A região dispõe também de uma diversificação de cultura no sector metropolitano, uma taxa de cobertura sanitária de 100 %, altas instituições de educação, trocas comerciais de venda a grosso, retalho e turismo com um nível excelente de arrecadação de receitas.
Durante a jornada ao Cunene, a delegação namibiana vai visitar o Magistério Dr. António Agostinho Neto, a Centralidade Dom Fernando Guimarães Kevano, Complexo do Memorial do Rei Mandume ya Ndemufayo, em Oihole e Hospital Geral Simione Mucune.
