Angola defendeu nesta sexta-feira, em Genebra (Suíça), a justiça social e a igualdade entre os povos, rejeitando todas as doutrinas de exclusão centradas no racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância.
De acordo com a representante de Angola junto do Escritório das Nações Unidas e demais Organizações Internacionais, Margarida Izata, o país é a favor de uma ordem abrangente baseada na inclusão, justiça social, igualdade e equidade, dignidade e respeito da diversidade cultural e direitos universais.
A embaixadora que falava na videoconferência de apresentação do Relatório Anual de 2019 do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos reiterou o compromisso de Angola em cumprir as suas obrigações internacionais, com destaque para o Direito ao Desenvolvimento, os Direitos da Mulher e a Paridade de Género.
Ressaltou, por outro lado, que o repatriamento de fundos ilícitos precisa ser levada em consideração seriamente pelo Conselho dos Direitos Humanos, por ser essencial para a promoção dos direitos económicos, sociais e culturais, particularmente nos países que lutam para cumprir com as suas obrigações.
“Os fundos ilícitos devem ser repatriados incondicionalmente aos países de origem, inclusive através da adopção de um compromisso renovado para resolver o problema dos fluxos financeiros ilícitos e do seu efeito negativo nos esforços dos países em desenvolvimento”, referiu a diplomata.
Margarida Izata elogiou a apresentação abrangente do Relatório Anual dos Direitos Humanos de 2019, divulgado em condições especiais numa altura em que a humanidade está atingida pela covid-19, aguardando, no entanto, que a iniciativa desse trabalho não seja afectado pelas medidas tomadas na luta contra a pandemia.