A República de Angola defende a elaboração de um vocabulário ortográfico nacional e a rectificação de determinadas bases técnicas cientificas para ratificar o Acordo Ortográfico a nível da Comunidade de Países de Língua Portuguesa.
Esta posição foi manifestada hoje pela coordebadora nacional no Instituto Internacional de Língua Portuguesa, Ana Paula Henriques, em declarações à imprensa no termo de um encontro de esclarecimento sobre o estado da situação dos projectos relacionados com o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990 decorrido no Ministério das Relações Exteriores, em Luanda.
De acordo com a responsável , “Angola defende vários aspectos para a assinatura do acordo ortográfico entre os quais a rectificação de determinadas bases identificadas como carentes de informação suficiente técnica e cientifica para que se possa fazer a gestão da língua sem constrangimentos”.
Sublinhou que, Angola é a opinião que todos os Estados Membros devem ter o vocabulário ortográfico nacional, razão pela qual contribuiu financeiramente, contudo não se registaram progressos neste capítulo.
Ana Paula Henriques considera que se deve analisar esta questão em fórum próprio da comunidade, sendo esta uma prática das autoridades angolanas na tentativa de buscar consensos para uma abordagem mais abrangente em termos técnico científicos.
A interlocutora apontou esta como uma das condições para se levar esta questão a consideração dos políticos, permitindo aos mesmos analisar a possibilidade de se ratificar o Acordo Ortográfico .
Realçou que “Angola não está parada nem atrasada em relação à ratificação do Acordo Ortográfico de 1990, e prova desse facto foi a apresentação dos projectos e dos resultados obtidos na produção dos trabalhos levados a cabo pelos técnicos”.
É preciso ter em conta que há vários níveis de língua e o acordo ortográfico vai se relacionar com documentos escritos e não a língua falada, sendo preciso que haja registo escrito para que seja considerado o elemento a ser tido em conta no vocabulário ortográfico.
Outro dos elementos apresentado pela responsável é o tempo de vida dos neologismos, assim como a sua produtividade, ou seja se são ou não utilizados nas mais variadas áreas, estando desta forma criadas as condições para que sejam considerados, caso não obedeça a esses critérios não farão parte do vocabulário nacional.
Frisou que a maior resistência em termo de experiência tem vindo a ser mais a nível técnico do que politico.
Ana Paula Henriques orientou o encontro ladeada por Oliveira Encoge, do Ministério das Relações Exteriores, e Felipe Zau, Reitor da Universidade Independente de Angola, tendo no mesmo participado responsáveis de vários organismos e estudantes universitários. (portalangop.co.ao)