Angola está entre cinco países da África Austral que se comprometeram, na sexta-feira, 31, a expandir a utilização de um visto comum especial para permitir uma circulação mais fácil de turistas.
Representantes de Angola, Botswana, Namíbia, Zâmbia e Zimbabwe, países que compõem a Área de Conservação Transfronteiriça Kavango-Zambeze (KAZA), comprometeram-se, em princípio, a alargar a utilização do visto especial, denominado univisa, que permite a entrada em vários países.
O univisa é, actualmente, utilizado na Zâmbia e no Zimbabwe e cobre viagens de um dia ao Botswana através de Kazungula.
Os líderes regionais que participaram numa cimeira de chefes de estado do KAZA em Livingstone, Zâmbia, disseram que querem que o visto especial seja alargado a outros estados na área de conservação, bem como ao bloco económico da África Austral.
“Devemos simplesmente dizer que isto irá acontecer”, disse o Presidente da Zâmbia, Hakainde Hichilema, no seu discurso. “Estou grato que meus colegas tenham chegado a um consenso sobre o univisto”, acrescentou.
O vice-presidente do Botswana, Slumber Tsogwane, disse que o seu país adoptaria integralmente o univisa.
Os estados membros do KAZA também resolveram instar a Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção (CITES) a levantar a proibição do comércio de elefantes e de marfim.
A CITES intergovernamental, composta por 184 membros, regula o comércio de vida selvagem para proteger certas espécies da sobreexploração e proibiu o comércio de marfim de elefante africano em 1989, depois de a população do animal ter diminuído, drasticamente, na década anterior.
Os estados do KAZA dizem que possuem reservas de marfim no valor de 1.000 milhões de dólares, que pretendem comercializar para financiar programas de conservação.