Os serviços do satélite ANGOSAT-2, lançado, esta quarta-feira, na órbita, começam a ser disponibilizados entre Janeiro e Fevereiro de 2023, anunciou o ministro das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, Mário Oliveira.
O governante, que falava à imprensa após o lançamento do satélite a partir da estação aeroespacial de Baikonur, no Cazaquistão, afirmou que, depois de completar a viagem de 36 mil quilómetros até a sua estabilização, o satélite estará em condições de transmitir e colocar ao dispor os seus serviços.
Mário Oliveira adiantou que até ao momento os dados da telemetria e parâmetros da trajectória de voo transmitidos pelo satélite são “excelentes”.
Conforme o ministro, o satélite está a fazer um voo normal rumo a sua posição geoespacial definida e nas próximas horas haverá uma reunião técnica onde se ficará a saber dados mais concretos sobre a trajectória.
O ministro manifestou satisfação pelo sucesso com o lançamento do satélite, por, no seu entender, os seus serviços aumentarem e melhorarem o sistema de telecomunicações do país.
O ANGOSAT-2 tem uma capacidade de transmissão sete vezes maior que a do ANGOSAT-1, que tinha 16 retransmissores na Banda C e seis na Banda KU.
Com 15 anos de tempo de vida útil, o ANGOPST-2 tem ainda seis “transponders” na Banda C, 24 na Banda KU e, como novidade, um retransmissor na Banda KA.
Trata-se de um satélite de Alta Taxa de Transmissão (HTS), com peso total de duas toneladas, preparado para disponibilizar 13 gigabytes em cada região iluminada (zonas de alcance do sinal do satélite). O mesmo será baseado na plataforma Eurostar-3000.
O ANGOSAT-2 começou a ser construído a 28 de Abril de 2018, nas instalações da Airbus, em França, onde foi instalada toda a carga útil do satélite.
A estrutura foi depois transferida para a fábrica da ISS Reshetnev, na cidade “fechada” de Zheleznogorsk, próximo de Krasnoyarsk, na região da Sibéria, onde foi produzida a carcaça e instalado o mecanismo de arranque.
Seguiu-se a transferência para o local de lançamento, na estação aeroespacial de Baikonur, no Cazaquistão, de onde saiu para a órbita espacial.
O novo satélite surge no quadro da estratégia do Executivo angolano de diminuir a exclusão digital no país, em particular, e em África, em geral, permitindo expandir serviços de telecomunicações às zonas mais recônditas a preços competitivos.
O satélite, que comporta uma série de serviços, tem capacidade para cobrir o continente africano, com ênfase na região sul, e parte significativa do sul da Europa.
Surgiu com a missão de substituir o ANGOSAT-1, o primeiro saté