Este ano, o acto central das festividades tem lugar na província da Lunda Sul, sob o lema “11 de Novembro: Unidos pelo Desenvolvimento de Angola”.
Após cerca de cinco séculos de domínio colonial português, a independência foi solenemente proclamada pelo Presidente do MPLA, António Agostinho Neto, seguidamente empossado primeiro Chefe de Estado da então República Popular de Angola.
A proclamação da independência, a 11 de Novembro, representou o culminar de uma heróica Luta de libertação Nacional, iniciada a 4 de Fevereiro de 1961, quando patriotas, imbuídos de ideais comuns, munidos de catanas, confrontaram o poder colonial, assaltando cadeias de Luanda para libertar angolanos presos por defenderem a autodeterminação.
A acção ocorreu entre duas outras revoltas, a da Baixa de Cassanje, em Malanje, a 4 de Janeiro de 1961, contra a exploração e trabalho forçado nos campos de cultivo de algodão e a relativa aos ataques a esquadras policiais, a 15 de Março do mesmo ano, no norte de Angola.
Todas essas manifestações patrióticas foram precedidas por uma resistência ancestral à penetração e ocupação colonial, desencadeada entre finais dos séculos XV e XVI, em diferentes reinos da época, localizados no actual território de Angola.
O caminho para a liberdade incluiu, num passado mais recente, o Acordo de Alvor, em Janeiro de 1975, em Portugal, entre o Governo português, o MPLA, a UNITA e a FNLA, traduzido no reconhecimento do colonizador ao direito à independência de Angola.
Tendo a manutenção da integridade territorial como premissa basilar com vista ao desenvolvimento do país, com a independência, Angola propôs-se a desenvolver relações de cooperação políticas e económicas, mutuamente vantajosas, com outras nações do globo.
Além do acto central na cidade de Saurimo, Lunda Sul, a ser orientado pelo ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da República, Adão de Almeida, em Luanda, vai ser hasteada a Bandeira Monumento, no Museu Nacional de História Militar.
Ainda na capital angolana haverá a deposição de uma coroa de flores, no Largo da Independência, acto presidido pelo Ministro de Estado e chefe da Casa Militar, Francisco Pereira Furtado. ADR/VIC