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O anúncio da demissão de Andrea Nahles da liderança do Partido Social-Democrata alemão colocou, este domingo, o país num alvoroço.
A chanceler germânica, Angela Merkel, já garantiu que irá manter-se à frente da coligação governamental até ao final do mandato, em 2021.
Andrea Nahles afirmou não ter o apoio necessário para continuar em funções, uma semana depois do resultado desastroso nas eleições europeias. O SPD conquistou, apenas, 15,5% dos votos.
Dentro do partido surgem vozes a exigir o fim da coligação que sustenta o Executivo.
A líder da CDU tentou colocar água na fervura.
“Na CDU acreditamos que este não é o momento para esquemas políticos. Apoiamos a grande coligação”, afirmou Annegret Kramp Karrenbauer.
Apesar da crise política instalada, Angela Merkel pretende completar o quarto mandato como chanceler.
“Vamos continuar o trabalho do Governo com toda a seriedade e com grande sentido de responsabilidade.”
No SPD começam a surgir possíveis nomes para liderar, interinamente, o partido.
A primeira-ministra da Renânia-Palatinado, Malu Dreyer, e a homóloga de Mecklenburg-Vorpommern, Manuela Schwesig, são fortes candidatas.
A liderança do grupo parlamentar será, temporariamente, assumida pelo deputado do SPD de Colónia e vice-presidente do grupo parlamentar Rolf Mützenich.