O apoio incondicional da primeira dama de Angola é a alavanca que faltava para impulsionar políticas e programas capazes de melhorar as condições de vidas das famílias, através do acesso universal à saúde sexual reprodutiva e o combate à violência de género. Este apoio foi expresso no dia 25 de Novembro, num Webinar que marcou o início da campanha de 16 dias de activismo pelos direitos da mulher e pela paridade de género, liderada pelo MASFAMU, com o apoio técnico do UNFPA
A primeira dama de Angola manifestou o apoio incondicional à campanha de eliminação da violência contra a mulher, que o Ministério da Acção Social, Família e Protecção da Mulher (MASFAMU) e o Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA) lançaram a 25 de Novembro. Ana Dias Lourenço foi uma das participantes de destaque no arranque dos 16 dias de activismo pelos direitos da mulher e pela paridade de género.
“Defender as mulheres angolanas contra a violência e fomentar a igualdade de oportunidades” foi o mote dos 16 dias de activismo organizados pelo MASFAMU e pelo UNFPA. O webinar de apresentação do programa contou com a presença da primeira dama de Angola, Ana Dias Lourenço, que reafirmou a necessidade de se encontrarem políticas e programas que melhorem as condições de vida das famílias através do combate à violência de género, “Gostaria de reiterar o meu compromisso para manter as nossas meninas na escola, as nossas mulheres com acesso ao trabalho digno e as famílias livres de violência”, sublinhou a Primeira Dama. Considerou igualmente que a educação das meninas, o acesso universal à saúde sexual reprodutiva, a luta contra a violência de género e a protecção dos violentados devem ser prioridades no nosso país. Segundo Ana Dias Lourenço, em Angola, onde há uma das maiores taxas de fertilidade da região, deve-se prestar especial atenção na relação entre a violência de género e a gravidez na adolescência e mais grave na pré-adolescência, como uma grande violação de direitos humanos.
Numa breve intervenção, Justine Coulson, Directora Regional Adjunta do Escritório da África Oriental e Austral do UNFPA, contou como esta campanha anual tem dado resultados concretos e positivos ao criar “parcerias robustas” entre governos e a sociedade civil. As acções centram-se, sobretudo, em atacar problemáticas como a gravidez na adolescência, a mortalidade materna, casamento infantil, violência doméstica e agressão sexual de mulheres e jovens. Segundo o UNFPA, pelo menos um terço das angolanas já sofreram algum tipo de violência e 35% das adolescentes Angolanas entre os 15 e 19 anos de idade tiveram pelo menos um filho.
A campanha do MASFAMU e do UNFPA foi lançada no Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, numa altura em que a pandemia do COVID-19 aumentou, em todo o mundo, os níveis de violência de género em 30%. Para além de Ana Dias Lourenço, acompanharam o lançamento outras figuras importantes, como a Dra. Carolina Cerqueira – Ministra de Estado para Assuntos Sociais, Dra. Faustina Alves – Ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, Zahira Virani – Coordenadora Residente das Nações Unidas em Angola, Dra. Joana Lina Cândido – Governadora da Província de Luanda e a modelo Maria Borges.