A primeira-dama da República, Ana Dias Lourenço, defendeu esta terça-feira (17), a necessidade de se mobilizarem recursos para a implementação de acções a favor das mulheres e raparigas.
Ana Dias Lourenço advogou, igualmente, a necessidade de se prestar maior atenção às mulheres e raparigas da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), protegendo-as dos efeitos provocados pela pandemia da Covid-19 na economia.
Ao intervir na Cimeira Virtual das Primeiras-damas da SADC, que decorre sob o tema “O Impacto da Covid-19 na região da SADC – Como a recuperação pode ser responsabilidade do género”, Ana Dias Lourenço apontou a necessidade de se mobilizarem recursos para a implementação de acções a favor das mulheres e raparigas e da estratégia de recuperação das economias dos Estados da região.
Segundo Ana Dias Lourenço, a Covid-19 colocou à prova a capacidade humana de tolerância e sobrevivência, que ampliou as desigualdades de género, com as restrições obrigatórias impostas para diminuir os riscos e danos a que as populações estão expostos.
A primeira-dama da República indicou, ainda, como consequências, o abandono escolar e a saúde física e mental fragilizadas.
No caso particular de Angola, Ana Dias Lourenço destacou as acções desenvolvidas pelo Executivo para proteger as populações mais vulneráveis, entre mulheres, raparigas, idosos, doentes crónicos, profissionais de saúde e trabalhadoras do mercado informal, para a redução do impacto da Covid-19, como a automatização e o empoderamento da mulher rural.
Enfatizou o envolvimento do seu gabinete e de plataformas por si lideradas, como a distribuição de meios de biossegurança, cestas básicas e algum conforto em termos de comunicação, a favor das mulheres vulneráveis, em particular as afectadas pelo Hiv/sida, para o cumprimento das regras.
Riscos
A titulo de exemplo falou dos 41.731 casos positivos, 37 por cento dos quais mulheres na faixa etária dos 30 aos 49 anos, constituindo uma preocupação por serem o sustento e garante das famílias, cujo afastamento devido à Covid-19 ou por falecimento é um risco para as famílias.
Exortou as conferencistas a emprestarem o seu saber, experiência e dedicação, criando sinergias para se encontrarem soluções que permitam resolver os problemas que afectam as mulheres e raparigas da região Austral do continente africano.
A Cimeira das Primeiras-damas decorre à margem da 41ª Cimeira Ordinária de Chefes de Estado e de Governo da SADC, em Lilongwe, Malawi.
Angola faz-se representar no evento por uma delegação chefiada pelo ministro das Relações Exteriores, Téte António.