A presidente da Assembleia Nacional (AN), Carolina Cerqueira, expressou, esta segunda-feira, gratidão pela solidariedade do povo cubano a todas as causas da Nação angolana, sobretudo nos momentos mais difíceis da sua história.
Ao discursar no Parlamento, por ocasião da visita de Estado a Angola do Presidente cubano, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, Carolina Cerqueira assinalou que o povo cubano desde sempre deu provas irrefutáveis de solidariedade e de amizade fraterna a todas as causas da Nação angolana.
Conforme a líder do parlamento angolano, a liberdade e a independência de Angola têm marca indissolúvel da tenacidade e coragem dos dois povos e custaram o sacrifício dos heróis de ambos os países “que partilham laços históricos indescritíveis”.
Reconheceu, na ocasião, que o Estado angolano começou a ser edificado num ambiente difícil e de hostilidade, tendo o apoio incondicional do povo cubano sido determinante “para fazer resfriar os interesses antagónicos forjados por um conflito interno que estava ao serviço de interesses da órbita internacional (…)”.
“Os nossos hermanos cubanos, do outro lado do Atlântico, a milhares de milhas de distância, atravessando o Atlântico para terras africanas desconhecidas e sob o lema “Vida ou Muerte”, não hesitaram em ombrear com o resiliente povo angolano no combate pela liberdade e a proclamação, a 11 de Novembro de 1975, da independência nacional, duramente conquistada”, vincou.
Assinalou que Angola viria a tornar-se num verdadeiro epicentro da Guerra Fria em África, para quem as batalhas travadas com o apoio das Forças Armadas Revolucionárias de Cuba permitiram conter a criação de Estados satélites neocoloniais na Região Austral de África e a libertação do povo da Namíbia e da África do Sul do regime do Apartheid.
Carolina Cerqueira assinalou que a heróica trajectória do apoio cubano naquela época fez uma incursão importante nos momentos mais precários e cruciais da história de Angola.
Ressaltou os processos de negociação diplomática e as intervenções militares defensivas como a Operação Carlota, as batalhas do N’ Tó, do Ebo, de Kifangondo, do Lucena, Camgamba e do Cuito Cuanavale, entre outras, que foram decisivas para o fim da presença do Apartheid e para a independência da Namíbia.
Ressaltou o facto de Cuba, não obstante encontrar-se num clima de dificuldades económicas, por força de um embargo internacional, o qual condenou, não exitar em manifestar o seu espírito internacional em prol da defesa dos povos do mundo inteiro.
Perante o Plenário, prestou tributo “aos nobres filhos da Pátria cubana” que pereceram.
Enfatizou que, enquanto representantes do povo, devem honrar os laços políticos, diplomáticos, económicos e culturais, “no sentido de os fortalecer e implementar a sua aplicação num ambiente de boa e sã convivência”.