17 000 profissionais de saúde morreram em 2020 com Covid-19, números avançados pela Amnistia Internacional. A organização não governamental publicou hoje um relatório apelando a que os trabalhadores do sector sejam priorizados na campanha de vacinação contra o novo coronavírus.
A Amnistia Internacional emitiu hoje um relatório apelando a que os profissionais de saúde sejam priorizados nas campanhas de vacinação contra a Covid-19, nomeadamente em muitos países onde esta ainda nem arrancou.
“É imperativo que as vacinas cheguem a todos os países, mesmo aqueles de rendimentos mais baixos, e aonde ainda não têm, eles devem receber estes primeiros lotes de vacinas nas próximas semanas, e é importantíssimo que sejam incluídos todos os profissionais de saúde que estão na linha da frente nestes planos de distribuição das vacinas.”
17 000 profissionais de saúde morerram com Covid-19 no mundo no ano passado, este é um dos dados do relatório hoje publicado pela Amnistia Internacional.
A ong denuncia, ainda, a repressão exercida por alguns Estados contra a classe, em casos de denúncias das ameças que pesam sobre eles para enfrentarem diariamente a luta contra o novo coronavírus.
“Há aqui também uma conjuntura muito preocupante, e notámos esta tendência em vários países, de profissionais de saúde que têm condições de trabalho que são inseguras, por falta de equipamento de protecção individual e por falta de condições de protecção adequadas e que, quando exigem que lhes sejam dadas essas condições, para exercer o seu trabalho em segurança sofrem represálias.”
Paulo Fontes é diretor de Comunicação e Campanhas da Amnistia Internacional Portugal.